O filho mais velho de Belmiro, 53 anos, é o desalinhado da família. Licenciado em Ciências Políticas e Relações Internacionais, não tem no grupo qualquer cargo executivo, nem nunca o desejou, apesar de ter por lá andado intermitentemente. Simplesmente, “não se dá bem com a disciplina que um cargo de gestão obriga, sobretudo a longo prazo”. Mas tem assento na administração da Efanor e deverá ficar à frente da comissão executiva da Fundação Belmiro de Azevedo.
Dizem que é o mais criativo. A sua gestão à frente da Casa da Música da qual acabaria por demitir-se depois de uma guerra com o secretário de Estado da Cultura devido à “insuficiência” das verbas atribuídas deixou marcas e saudades.
Para ele, a cultura é o fator mais importante da coesão social.
Há um ano, calçou as galochas e foi para a Casa de Ambrães, no Marco, onde a família regularmente se reúne aos fins de semana, para ajudar o pai a organizar as suas empresas da área agrícola.
A partilhar vida com Guiomar Machado, Nuno, que começou por ser jornalista, gosta de aventuras, de viagens, daquelas que deixam espaço para imprevistos. Um dos seus desejos é subir o Zambeze.
Tem dois filhos do primeiro casamento com a holandesa Barbara Van Asch: Tomás, 27 anos, e Guilherme, com 22.
Tomás é o neto mais velho de Belmiro. Depois de ter experimentado a engenharia, mudou para a advocacia, mas é um empreendedor nato, como o avô. Criou, com António Murta, a Cardmobili e recuperou a fábrica de sabonetes Confiança, encaixando uma mais-valia. Depois, foi para a África do Sul, onde tirou um MBA na Stellenbosch University e onde poderia ter ficado a lecionar, na companhia da mãe.
Atualmente, é adido no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O seu irmão, Guilherme, formou-se já em Gestão e até há bem pouco tempo vivia e trabalhava em Londres.