Ao lado do ainda presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro, Jeroen Dijsselbloem, do comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, e do diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, Mário Centeno agradeceu aos seus colegas, “em particular” aos seus concorrentes na eleição, o luxemburguês Pierre Gramegna, a letã Dana Reizniece-Ozola e o eslovaco Peter Kazimir, por “uma corrida justa e muito democrática”.
“E é uma honra [ser o novo presidente] devido à relevância deste grupo, à qualidade dos meus colegas e à importância do trabalho que temos de fazer nos próximos anos”, declarou Centeno, que sublinhou que esse trabalho “tem de ser feito por todos os membros que pertence ao euro, Comissão, instituições europeias”.
A via dos consensos é a “única para avançar”
Centeno disse ainda ter aprendido com o exemplo do líder cessante no cargo, Jeroen Dijsselbloem, a importância dos consensos, “a única maneira de avançar”.
“Gerar consensos é a única maneira de avançar, temos que aprender com as lições dos outros”, disse o ministro das Finanças, depois de Dijsselbloem ter avançado que o único conselho que tem para lhe dar é o de manter o caminho que foi traçado, “sem relaxar” na estabilidade orçamental.
Ambos falavam na conferência de imprensa após a eleição de Centeno para presidente do Eurogrupo.
Mário Centeno, foi hoje eleito presidente do Eurogrupo, ao impor-se na segunda volta da votação realizada em Bruxelas.
De acordo com fontes europeias, Centeno foi o mais votado na primeira volta (oito votos), após a qual saíram da “corrida” a letã Dana Reizniece-Ozola e o eslovaco Peter Kazimir, tendo o ministro português derrotado o candidato luxemburguês Pierre Gramegna na segunda volta, desconhecendo-se ainda com quantos votos (Dijsselbloem escusou-se a revelar pormenores da eleição).
Centeno torna-se assim o terceiro presidente da história do fórum de ministros das Finanças da zona euro, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e do holandês Jeroen Dijsselbloem, assumindo funções em janeiro próximo.
com Lusa