
Perante a queda das taxas de juro e a redução das margens financeiras, o Arquia Banca, – conhecido pela Caixa dos Arquitetos por operar essencialmente junto deste público alvo – , precisa de expandir a sua área de atuação e entrar no mercado português. A notícia foi dada pelo El País, que adianta que a instituição catalã pretende ter representação em Lisboa e Porto, no prazo de seis meses.
Ao mesmo jornal, o diretor geral do banco, Xavier Ventura, que assumiu o cargo em março passado, explicou que o facto de a Fundação Arquia ser já uma instituição conhecida entre os arquitetos portugueses ajudará a impulsionar a atividade do banco. Além do mais, vê aqui uma oportunidade, já que não existe no país qualquer instituição financeira dirigida a este mercado, ou seja, vocacionada para operar junto de arquitetos, engenheiros ou advogados.
“Expandir para um mercado desconhecido é arriscado”, adiantou Xavier Ventura, e, por isso, a intenção será envolver entidades portuguesas neste projeto. Apesar de algumas tentativas, a VISÃO não conseguiu perceber quem poderá vir a ser parceiro português desta cooperativa com sede em Barcelona.
Conquistar as PME
Contudo, em novembro de 2015, a Fundação Arquia editou um livro dedicado a Siza Vieira, homenageando assim o primeiro Pritzker português.
Em Espanha, o Arquia conta com 25 balcões, todos desenhados por arquitetos, e teve lucros de 8,6 milhões de euros em 2016, mais 8,2% do que no ano anterior. Mas, antecipando o futuro, tem também um plano de expansão, que inclui a entrada em novos negócios, concretamente nas pequenas e médias empresas. Ao mesmo tempo, pensa desenvolver os seus serviços digitais.
Criada como cooperativa de arquitetos, em 1983, o Arquia aceita agora sócios fora dessa atividade, por uma jóia de 200 euros por cada pessoa ou 300 por cada entidade jurídica. Dos 119 mil clientes, cerca de 30 mil são sócios. A forma de vencerem a concorrência de grandes bancos é a ausência de cobrança de comissões pela manutenção de conta, cartão ou transferências.