A estimativa do Governo para o crescimento económico homólogo do quarto trimestre estava, afinal, abaixo da realidade. Os dados agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) aumentam este indicador em 0,1 pontos percentuais, colocando-o nos 2%. De acordo com o comunicado do Ministério das Finanças, os dados do crescimento económico “confirmam a aceleração da produção nacional, depois de crescimentos de 1% no primeiro e no segundo trimestre, e de 1,7% no terceiro”.
Em termos reais, a economia portuguesa cresceu 1,4% em 2016. Já em termos nominais, a economia cresceu 3,1% e o saldo externo de bens e serviços aumentou para 1,2% do PIB, mais 0,5 pontos do que em 2015. Algo que deixa “sinais positivos para o futuro”, uma vez que o crescimento do investimento deu o principal contributo para o aumento do PIB, “um reforço fundamental para a sustentabilidade do crescimento económico ao longo de 2017”. No ultimo trimestre, o investimento subiu 6,9% em máquinas e equipamentos.
Recorde-se que a Comissão Europeia previa um crescimento do PIB português de 1,3% em 2016. Mas o INE vem agora pôr a fasquia nos 1,4%.
Esta “aceleração do crescimento” em 2016 vem acompanhada de “sinais positivos” do mercado de trabalho: o emprego cresceu 2,4% no quarto trimestre, quando comparado com o período homólogo do ano passado. E em Dezembro, a taxa de desemprego baixou para os 10,2%, “o valor mais baixo desde março de 2009”, conforme realça o comunicado das Finanças. O destaque vai para a diminuição de 4,2 pontos percentuais verificada na taxa de desemprego dos jovens entre os 15 e os 24 anos, que deverá ter ficado nos 25,7% em janeiro deste ano.