A negociação nas bolsas de Shanghai e Shenzen foram suspensas, mais de uma hora antes do fecho da sessão, devido a uma queda dos índices em mais de 7% que ameaçava agravar-se e que resultou numa forte desvalorização de centenas de empresas cotadas.
A queda está associada ao abrandamento da economia para o ritmo mais fraco desde a década de 90 do século passado e ao fracos indicadores sobre atividade industrial chinesa que registou, em dezembro, uma contração pelo décimo mês consecutivo. Por outro lado, a moeda chinesa, o yuan, foi fixada pelo banco central da China no seu nível mais baixo dos últimos quatro anos face ao dólar.
Foi um início de ano dramático no segundo maior mercado de ações do mundo, de acordo com especialistas citados pela agência Bloomberg.
O encerramento antecipado das praças chinesas ocorreu ao abrigo das medidas criadas para limitar a forte volatilidade que se têm feito sentir nos mercados acionistas chineses. Essas regras visam evitar a ocorrências semelhantes aos episódios de grande volatilidade do último verão – motivados pelo abrandamento económico, mas também pela pelos preços exagerados com que muitas empresas entraram no mercado bolsista, além do facto de 80% da negociação nas praças chineses ser animada por investidores individuais, na sua maioria amadores.
Os analistas falam mesmo num pânico que se instalou na sessão desta segunda-feira, 4, depois de a negociação ter sido suspensa por 15 minutos na sequência de uma quebra de cinco por cento, medida que não foi suficiente para travar a pressão vendedora e que obrigo a antecipar o fecho do mercado.
Arrastados pela dinâmica no Império do Meio, a meio da manhã desta segunda-feira, 4, praticamente todos os índices de ações europeus e da Ásia Pacífico estavam em território vermelho.