Os pensionistas vão ser chamados a desembolsar mais 100 milhões de euros para atenuar o défice orçamental português. A intenção do Governo é cortar 4%, em média, nas pensões de sobrevivência. Ainda não se sabe ao certo qual o valor a partir do qual estas pensões sofrerão reduções, mas tudo indica que serão as superiores a 600 euros. No entanto, alguns governantes garantem que serão apenas abrangidos aqueles que acumulem a pensão de sobrevivência com a de reforma, se a soma das duas atingir os 600 euros. Até agora, ainda ninguém do Executivo esclareceu o que vai ser feito, remetendo mais explicações para o Orçamento do Estado, que será apresentado no próximo dia 15 de outubro.
Com esta medida, os pensionistas serão chamados a contribuir, em dois anos, com, pelo menos, 1 260 milhões de euros para equilibrar as contas públicas. Depois de, em 2013, já terem “pago” 420 milhões de euros, resultantes da contribuição extraordinária de solidariedade e do corte nas pensões a partir de 1 350 euros, em 2014 vão desembolsar 740 milhões de euros correspondentes ao corte de 10% nas pensões dos beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA), para convergirem com as da Segurança Social, e mais os 100 milhões relativos aos cortes nas pensões de sobrevivência. E desta conta não faz parte a sobretaxa de IRS que abrangeu, pelo menos 400 mil pensionistas, e que pode ascender a várias centenas de milhões de euros.
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