O fundador da produtora de espetáculos UAU, Paulo Dias, reconhece que é menos negativa a subida da taxa para 13% do que os 23% que estava inicialmente proposto.
Contudo, “a longo prazo não vai fazer sentido, porque não vai trazer receitas adicionais. Quando formos fazer as contas finais daqui a um ano vai-se chegar à conclusão que não foi uma medida que trouxe benefícios ao Estado. Menos pessoas, menos acesso à cultura”, refere Paulo Dias.
A Zon Lusomundo, que lidera o mercado das exibições comerciais de cinema, afirma que terá de aumentar os bilhetes, 40 a 60 cêntimos, como reflexo do aumento da taxa do IVA de seis para 13%.
O promotor João Carvalho, que organiza o festival Paredes de Coura, afirma que o aumento será penalizador.
“Do mal o menos, imperou o bom senso. O ideal seria ficar pelos seis por cento, mas já que tal não aconteceu pelo menos temos esta taxa intermédia. Ficamos longe do que é a realidade europeia onde a cultura tem outra taxa de IVA, mas pronto, é o país que temos”, disse o responsável da promotora Ritmos.
O presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) considerou hoje que o impacto da subida do IVA no preço dos bilhetes de museus “pode ser inibidor” para o público, “mas o mais importante é oferecer qualidade”.