![19072010-7beb](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/11/622942719072010-7beb.jpeg)
As acções das empresas americanas foram “puxadas para baixo” pela divulgação de indicadores económicos piores do que o esperado. A aprovação pelo Senado americano da nova legislação que regulará o sector financeiro (factor de incerteza ao longo das últimas semanas, agora dissipado), a resolução (definitiva?) do derrame de petróleo num poço da BP no Golfo do México, o acordo efectuado entre a Goldman Sachs e a Securities and Exchange Comission (entidade reguladora), que prevê o pagamento de uma multa (mal menor) pelas irregularidades detectadas no caso do Fundo “Abacus”, a par de uma “bateria” de resultados trimestrais com pendor positivo, não foram estímulo suficiente para os investidores accionarem o “botão de compra” nas acções. Assim, os 3 principais índices de referência dos mercados accionistas americanos registaram quedas que oscilaram entre os -0,8% (Nasdaq) e -1,2% (S&P 500).
![EUROPE_60*40](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/11/6218193EUROPE_6040.jpeg)
No “Velho Continente”, os índices accionistas seguiram novamente a tendência ditada pelos mercados americanos. Os principais mercados europeus (Footsie de Inglaterra, Dax alemão e Cac francês) subiram no arranque da semana tendo invertido para terreno negativo a meio da semana, e tendo, todos eles, terminado a semana com uma performance negativa, pese embora os dados económicos divulgados no Reino Unido terem sido moderadamente positivos, por via de uma diminuição da inflação e do desemprego. A agência de notação financeira “Moody’s” reviu o rating de Portugal na terça-feira em dois níveis, citando uma deterioração da situação das finanças públicas portuguesas. Este “downgrade” terá um impacto directo na capacidade de Portugal se financiar no exterior, e nas condições (juro) a que esse financiamento terá lugar. Esta revisão segue-se a outras anteriormente efectuadas sobre a dívida soberana de outros Estados, como Espanha e Grécia, reflectindo uma preocupação sobre a capacidade destes países controlarem os seus défices orçamentais e honrarem os seus compromissos com os seus credores. Portugal tem vindo a introduzir um conjunto de medidas de austeridade para procurar trazer de novo as suas finanças públicas para uma situação de controlo, depois do défice ter disparado dos 2,6% do PIB em 2008 para um valor recorde de 9,6% em 2009.
![JAPAN_60*40](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/11/6218194JAPAN_6040.jpeg)
Os índices asiáticos tiveram um comportamento misto durante a semana. A China divulgou os dados relativos ao PIB no segundo trimestre, que revelaram uma diminuição do crescimento económico dos 11,9% no trimestre anterior, para os 10,3% neste trimestre. Esta medida refere-se ao crescimento anual verificado nos últimos 12 meses. Ainda na China conheceu-se na semana anterior um abrandamento na produção industrial (13,7% versus 16,5%), sendo este arrefecimento um reflexo dos esforços do governo chinês em conter o crescimento, impondo aos Bancos um aumento das suas reservas, de forma a limitar a concessão de crédito à economia, procurando conter a formação/crescimento (?) de uma bolha especulativa.