De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), face a Abril, o número de inscritos diminuiu pela primeira vez em 10 meses, 0,5 por cento, resultado de um decréscimo de 2.520 inscrições.
O número de desempregados inscritos no final do mês passado somava os 489.115, o que significa mais 105.758 inscrições do que em Maio de 2008.
Para o aumento do número de desempregados inscritos nos centros de emprego em relação a Maio de 2008, uma tendência que se mantém desde Outubro de 2008, contribuíram essencialmente as subidas do desemprego entre os homens (44,8 por cento) e nos jovens (32,5 por cento).
Em termos de duração do desemprego – medida pelo tempo de permanência em ficheiro – verificou-se um aumento de 46,8 por cento no desemprego de curta duração (inferior a um ano), em oposição aos desempregados de longa duração, que diminuíram ligeiramente (0,4 por cento).
Segundo o IEFP, a procura de novo emprego – que representava 93,1 por cento do desemprego total – sofreu um agravamento de 29,6 por cento, enquanto que a procura de primeiro emprego subiu 5,3 por cento.
Todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, com os que possuem os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico a registarem os aumentos percentuais mais elevados, de 35,8 e de 34,3 por cento, respectivamente.
Os desempregados licenciados, por sua vez, totalizaram em Maio os 38.891, o que representou um aumento de 11,9 por cento comparativamente a Maio de 2008.
O principal motivo de inscrição de desempregados – representando 38 por cento das inscrições efectuadas – continua a ser o “fim de trabalho não permanente”, que subiu 34,5 por cento face ao mês homólogo.
Os “despedidos” aumentaram 30,5 por cento em Maio, relativamente ao observado há um ano atrás, enquanto os despedimentos por mútuo acordo dispararam ao longo do mês de Maio 69,6 por cento face ao mesmo mês de 2008, para 1.603 inscritos.