A queda de Wagoner precede em poucas horas a divulgação do plano presidencial para uma injecção financeira no sector, a troco de duras concessões.
Obama admitiu ter esperança na reabilitação da indústria automóvel, mas exigiu pragmatismo e, sobretudo, competitividade à altura de ultrapassar a crise.
Atravessando a pior situação das últimas três décadas, a GM e a Chrysler sobrevivem à custa de uma injecção governamental de 17.400 milhões de dólares (mais de 13.000 milhões de euros), mas precisam de mais 16.600 milhões de dólares (12.500 milhões de euros) e 5.000 milhões de dólares (3.700 milhões de euros), respectivamente, para continuarem no mercado.
O novo homem forte da Casa Branca não escondeu a necessidade de “sacrifícios para todos, desde os administradores, passando pelos accionistas, credores, fornecedores e concessionários, até aos trabalhadores”, em nome da crucial reestruturação.
Ambas as empresas estão agora determinadas a reduzir em dois terços as suas dívidas acumuladas, mediante um pacto com os sindicatos, porque empregam 140.000 trabalhadores.
Analistas económicos não escondem que, não havendo sacrifícios e desde logo êxito nas reformas, a falência poderá ditar o fim da GM e da Chrysler, que têm de submeter os seus planos ao governo até terça-feira.
A GM deverá ficar concentrada apenas em quatro marcas: Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick.
A Chrysler poderá fundar uma nova empresa, ou fazer uma aliança com a italiana Fiat SpA, eliminando os modelos Dodge Aspen, Dodge Durango and Chrysler PT Cruiser.