A confusão instalou-se quando, após o disparo de sinalização de início de prova ter soado, o barco ainda estava em frente à plataforma de partida a filmar os atletas. Nesse momento, alguns deles, que já tinham mergulhado, tiveram de recuar enquanto o barco fazia marcha atrás para sair do local.
“O som da arma de partida parecia ter disparado mais cedo quando um barco com uma equipa de filmagem ainda se encontrava na zona de partida”, lê-se numa publicação no site oficial dos Jogos Olímpicos.
Apesar do início agitado, o norueguês Kristian Blummenfelt finalizou as etapas de natação, pedalada e corrida com um tempo de 1:45:04 e ganhou a medalha de ouro – primeira do seu país nestes Jogos Olímpicos – com um tempo de 1:45:04. Completam o pódio o britânico Alex Yee (+0:11), com a prata, e o neozelandês Hayden Wilde (+0:20), com o bronze.
No final da partida, o campeão disse ter ficado “surpreendido”, inicialmente, com o incidente com o barco, mas no final viu-o como “uma coisa positiva” porque as regras foram cumpridas.
Quando questionado sobre a altura em que percebeu que ia ganhar, Blummenfelt disse ter sido quando ainda “estava na partida pronto para saltar”, realçando ainda que ficaria desapontado com qualquer coisa que não fosse uma medalha de ouro.
Wilde, o medalhista de bronze, que se afirma “forte” a nadar curtas distâncias, também explicou que a falsa partida o apanhou de surpresa: “Fui apanhado por isso, mas ao mesmo tempo que foi bom, foi irritante porque olhei para a esquerda e fiquei tipo, ‘oh pá, tive uma grande partida, isto não me acontece'”.
Segundo o atleta neozelandês, “o ritmo cardíaco ficou um bocado acelerado, mas é algo que acontece”. “Tenho de manter a compostura e ir com a maré”, acrescentou.
Na mesma prova estavam os portugueses João Silva e João Pereira, que terminaram no 23º e 27º lugar da prova, respetivamente, ficando no top 30.
Os Jogos Olímpicos 2020 começaram na sexta-feira e estão agora a decorrer até dia 8 de julho em 41 locais diferentes do Japão – Estádio Nacional do Japão, o Estádio de Tóquio e o Estádio de Yokohama.
Após um ano de atrasos provocado pela pandemia de Covid-19, esta é já a segunda vez que a cidade recebe uma Olimpíada, tendo sido primeira foi em 1964 – primeira também a ser transmitida ao vivo para outros continentes, graças ao satélite Syncom 3 (primeiro satélite geoestacionário do mundo).