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Nas oito participações anteriores em Campeonatos da Europa, Portugal conseguiu sempre, com mais ou menos dificuldade, ultrapassar a fase de grupos. Em 2000 e 2008, a Seleção Nacional conseguiu mesmo, tal como na presente edição, ganhar os primeiros dois jogos. Mas só uma vez venceu as três jornada inaugurais. E foi esse, apesar de 2016 nos ficar para sempre na memória como o ano do título, o melhor Europeu de Portugal! O que se pede, agora, é que a equipa de Roberto Martinez tente repetir o feito daquela que era, há 24 anos, orientada por Humberto Coelho.
Quem se lembra não esquece o trajeto do espetacular trajeto dessa seleção, que contava com craques como Vítor Baía, Fernando Couto, Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto e Nuno Gomes, entre tantos outros. Tudo começou com um jogo memorável com a Inglaterra, que aos 20 minutos de jogo já vencia por 2-0. A forma como Portugal deu a reviravolta, com golos de Figo, João Pinto e Nuno Gomes foi avassaladora e catapultou a equipa para um Europeu quase perfeito. O segundo adversário foi a Roménia, aparentemente o mais fácil, mas que acabou por dar mais trabalho. A vitória só chegou pertinho do fim, mas o golo de Costinha garantiu o apuramento. No terceiro jogo, já com a passagem aos quartos-de-final (na altura eram só 16 as equipas participantes) no bolso, o selecionador Humberto Coelho trocou a equipa toda, colocando em campo apenas jogadores que não tinham sido titulares nas duas partidas anteriores. Mesmo assim, o resultado final foi um surpreendente 3-0 à Alemanha, com os três golos a serem todos marcados por Sérgio Conceição, que assim ganhou direito a ser titular nos jogos que se seguiriam. Nos quartos-de-final, a Turquia foi despachada com um claro 2-0 com bis de Nuno Gomes, que voltaria a marcar o primeiro golo na semi-final contra a França. Um jogo ingrato, perante a seleção que viria a vencer o torneio e que Portugal perdeu no prolongamento com um golo de ouro (foi a única edição em que esta forma de desempate vigorou) de Zidane, na transformação de um penalti cometido por Abel Xavier, que ainda hoje diz que foi a bola que foi ao braço e não o contrário.
Serve esta memória para recordar que é possível dar descanso aos habituais titulares, permitir que os suplentes ganhem ritmo e se habilitem a disputar um lugar no onze inicial e, ainda assim, ganhar jogos e aumentar o número de opções. É isso que Roberto Martinez pode fazer esta noite contra a Geórgia. A partir do momento em que a qualificação e o primeiro lugar do Grupo estão assegurados, a partida de hoje é a oportunidade ideal para rodar a equipa, ver outros jogadores em ação e poder, depois, ter todos os 26 convocados aptos e em forma para atacar “os jogos em que o Europeu verdadeiramente começa”.