Em declarações à Lusa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, antes da partida hoje para solo búlgaro, a jogadora do Kansas City, de 26 anos, desvaloriza a distância na classificação, na qual Portugal está em segundo lugar, com sete pontos em três jogos, e a Bulgária é sexta e última classificada, ainda sem pontuar, ao fim de dois jogos.
“É um jogo tão importante como aqueles que nós já jogámos, um jogo em que vamos procurar a vitória, sem dúvida alguma, e estamos a prepararmo-nos da melhor forma, porque o nosso objetivo é fechar este estágio com os seis pontos e continuarmos a trabalhar e a melhorar as nossas performances. É o nosso grande objetivo para continuarmos a somar, somar, somar e termos o maior número de pontos possível”, reiterou.
Depois do triunfo (2-1) nesta semana sobre a congénere sérvia, a equipa comandada pelo selecionador Francisco Neto colocou-se em posição privilegiada para lutar por um lugar no Campeonato do Mundo, que irá decorrer dentro de dois anos na Austrália e na Nova Zelândia.
Jéssica Silva foi suplente utilizada no último embate, mas vincou estar disponível para dar uma resposta em qualquer cenário, seja como titular ou suplente.
“Estou preparada para qualquer jogo, independentemente de ser um jogo aberto ou um jogo mais fechado. Tenho é de assumir o cargo quando o professor me chama. Estou preparada, estou bem fisicamente, quero muito ajudar a equipa e, se o professor entender, vou lá estar”, observou, continuando: “O importante é ajudar a equipa. Procurar fazer golos e fazer assistências, que é aquilo que mais quero”.
O maior obstáculo para o objetivo da presença inédita num Mundial chama-se Alemanha, a terceira classificada do ranking FIFA e líder do grupo H, com nove pontos em três encontros. Numa qualificação onde só o vencedor do grupo tem apuramento direto para a competição e o segundo classificado tem de percorrer um caminho dos ‘play-off’, a avançada da seleção feminina não descartou uma surpresa.
“Este é um grupo que pode surpreender. Nós empatámos o primeiro jogo contra a Turquia e não estávamos à espera, porque entrámos mal e fizemos uma primeira parte muito aquém daquilo que devíamos e daquilo que temos vindo a mostrar. E a Alemanha vai ser mais um jogo em que vamos querer somar pontos, claro, respeitando a Alemanha, sabendo da potência que é, mas o nosso objetivo é somar pontos”, começou por referir.
Sem perder o ritmo, Jéssica Silva lembrou os jogos contra as melhores seleções mundiais ao longo dos últimos anos e o contributo para o crescimento e amadurecimento da seleção portuguesa. Por outro lado, notou que o futebol feminino cresceu muito ao nível da competitividade, onde “todas as equipas podem ganhar ou tirar pontos” e causar dissabores.
“Gostamos destes jogos em que há competência e exigência e vamos querer muito jogar com a Alemanha, mostrar quem somos e pontuar contra elas. Por isso, há que sonhar e acreditar, sem dúvida alguma, num objetivo que é somar pontos, sabendo a priori que a Alemanha é uma das grandes potências da Europa e a nível mundial”, concluiu.
O desafio entre Bulgária e Portugal, a contar para a quarta jornada do grupo H da fase de apuramento para o Mundial2023 de futebol feminino, está marcado para terça-feira, às 16:00 locais (14:00 em Lisboa), no Estádio Lokomotiv Plovdiv.
JYGO // RPC