É difícil acreditar nisto, mas Ricardo Quaresma não gostava nada, mesmo nada de futebol. Preferia o karaté e quase enveredou pelo hóquei em patins. Numa entrevista à VISÃO feita na estrada, enquanto o camisola 20 da selecção nacional conduzia de Lisboa a Vila Nova de Gaia, para receber uma medalha de mérito e para apadrinhar uma bolsa de formação de atletas, Quaresma recordou o primeiro contrato profissional com o Sporting por mil e poucos euros, a primeira casa no Cacém – que se recusa a vender –, e ainda os tempos de infância e adolescência, passados sobretudo no Casal Ventoso.
Se não fosse o irmão a levá-lo para o futebol, assume, o seu futuro seria uma incógnita. Mas o mais provável era não ser bom. “Quando és criado num bairro não sabes o que te pode acontecer. Podia ser traficante. Podia estar preso. Podia estar morto.”
Na edição da VISÃO que amanhã chega às bancas, a entrevista completa em que o campeão europeu fala sobre os bairros onde cresceu e a comunidade cigana, sobre os raspanetes que os jogadores ouviram de Fernando Santos, os episódios mais caricatos com Cristiano Ronaldo nos tempos do Sporting e ainda tudo sobre os bastidores do primeiro campeonato da Europa em que a taça veio para Portugal