Cristiano Ronaldo tornou-se hoje o primeiro jogador de sempre a disputar três meias-finais do Campeonato da Europa de futebol. Depois da Holanda, em 2004, e da Espanha, em 2008, o capitão da seleção nacional discutiiu pela terceira vez o acesso à final da competição, desta vez frente ao País de Gales.
Antes dele, os alemães Rainer Bonhof, Jurgen Kohler e Jurgen Klinsmann, assim como os holandeses Aron Winter e Frank de Boer, também chegaram às meias-finais do Europeu em três edições, mas nenhum foi utilizado em todas. No caso de Klinsmann e De Boer, por mero castigo disciplinar, na sequência de acumulação de cartões amarelos em jogos anteriores: o antigo ponta-de-lança da Alemanha, depois de jogar as meias-finais em 1988 e 1992, falhou a de 1996, tendo voltado para a final; e o ex-defesa central holandês esteve em campo em 1992 e 2000, mas teve de ficar só a ver em 2004, na derrota por 2-1 frente a Portugal, no Estádio de Alvalade.
Ronaldo foi, portanto, o primeiro a quebrar essa barreira, sempre como titular, mas poderá não ser o único neste Euro 2016. No Alemanha-França desta quinta-feira, Bastian Schweinsteiger e Lukas Podolski estarão em condições de igualar a proeza.
Os dois alemães têm sido suplentes no esquema de Joachim Low, mas o primeiro já esteve em quatro jogos e é candidato ao onze, devido à lesão de Sami Khedira – isto apesar de também ele andar a treinar com limitações. Se for lançado de início, repete a sequência de Ronaldo, uma vez que também foi titular nas meias-finais de 2008 e de 2012. Já Podolski, que até agora só jogou 18 minutos, deverá manter-se no banco de suplentes, depois de ter sido aposta desde o primeiro apito nas duas edições anteriores. Seja como for, basta-lhe um segundo em campo para ser outro com três meias-finais do Euro no currículo.
Para Ronaldo, está garantido o quatro recorde em Campeonatos da Europa, depois de se ter tornado o futebolista com mais jogos em fases finais (hoje fez 20º e no domingo jogará o 21º), o primeiro a marcar golos em quatro edições e o único a disputar por quatro vezes os quartos-de-final. Na final, também pode ultrapassar Michel Platini como o máximo goleador da história da competição: com nove golos acumulados, falta-lhe um para ultrapassar o francês.