A atenção com que o Brasil está a olhar para os Jogos Olímpicos de 2012 ficou bem patente, na quarta-feira, 25, ao fim da tarde, em Londres. Para apresentar a sua nova campanha de promoção turística, os brasileiros não fizeram a coisa por menos e juntaram na mesma sala do London Film Museum, junto ao Tamisa, grande parte das suas principais figuras de Estado: a Presidente Dilma Roussef, o presidente da Câmara dos Deputados, e os ministros do Turismo, das Relações Exteriores, da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Desporto e ainda o secretário de Estado da Comunicação Social, entre outras figuras, nomeadamente alguns dos responsáveis pela gestão do Rio de Janeiro, cidade anfitriã dos Jogos de 2016.
Tudo isto para apresentar um filme de dois minutos, peça principal de uma campanha publicitária centrada no lema “O mundo se encontra na Brasil”, que começou hoje a ser difundida em mais de 100 países, perante uma audiência que os responsáveis do turismo brasileiro (Embratur) calculam em 1,2 mil milhões de pessoas. Uma campanha em que vão investir, em diferentes meios, cerca de 50 milhões de euros.
“Temos objectivos ambiciosos, que passam nomeadamente por alcançarmos em 2022, ano da celebração do segundo centenário da nossa independência, um lugar entre os três maiores potências turísticas do mundo”, anunciou, na cerimónia, Gastão Dias Vieira, ministro do Turismo.
Para isso, no entanto, o país tem um longo caminho a percorrer, admitiu, nomeadamente na modernização do “produto turístico” e na preservação do meio ambiente. A meta mais imediata é a de conseguir atingir a marca de 10 milhões de visitantes estrangeiros por altura dos Jogos Olímpicos de 2016 – mesmo assim ainda bastante abaixo, comparativamente, com os 14 milhões que Portugal recebe.
“Os Jogos Olímpicos de 2016 vão ser um marco extraordinário na imagem do Brasil para o mundo”, disse Dilma Roussef, numa curta intervenção, em que admitiu que ela, o seu governo e os responsáveis do Rio de Janeiro estão em Londres com vontade de aprender muito sobre as dificuldades e os desafios da organização de um acontecimento destes. Mas deixou também uma convicção final: “Temos a certeza que quando chegar a vez do Brasil. nós faremos a nossa parte. E organizaremos a melhor Olimpíada de sempre!”