O mundo do cinema está prestes a assistir a um fenómeno que promete ficar para a história: o Barbenheimer. Os filmes “Barbie” e “Oppenheimer” estrearam esta quinta-feira, dia 20, e prevê-se que, durante os próximos dias, a corrida às bilheteiras para assistir aos dois géneros completamente distintos se intensifique.
“Barbie” é um filme de comédia, envolvido na vida cor-de-rosa da boneca que marcou gerações; já “Oppenheimer” é um drama de três horas com imagens sombrias centradas na guerra e na potencial destruição da humanidade.
Prevê-se que o filme “Barbie”, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling , consiga gerar entre 95 a 110 milhões de dólares (85 a 98 milhões de euros) na primeira semana, nos cinemas norte-americanos, refere a Variety, ultrapassando assim “Oppenheimer”, dirigido por Christopher Nolan, que deverá atingir os 50 milhões de dólares (45 milhões de euros) nesse país.
VALERIE MACON/AFP via Getty Images) VALERIE MACON/AFP via Getty Images
“Esta é realmente uma das situações mais loucas e imprevisíveis que já vi”, diz Shawn Robbins, da BoxOffice Pro, uma publicação que acompanha o desempenho das bilheteiras, à CNN. “’Oppenheimer’ e ‘Barbie’ estão destinados ao provável sucesso nos seus próprios termos, mas o interesse escalou para o que parece ser um dos maiores fins-de-semana de cinema desde 2019. Mesmo aqueles que não frequentam os cinemas estão cientes do fenómeno ‘Barbenheimer’”.
O Barbenheimer é ainda mais especial porque, normalmente, os estúdios preferem evitar o lançamento de grandes filmes no mesmo fim-de-semana. Desta forma, acabam por não ficar ofuscados uns pelos outros, retirando destaque a um deles.
“A sabedoria convencional em Hollywood diz que não se pode lançar dois grandes sucessos no mesmo fim de semana, mas talvez isso não seja tão verdade quanto as pessoas acreditam”, refere Michael O’Leary, presidente da Associação Nacional de Proprietários de Cinema dos EUA (National Association of Theatre Owners, termo original).
“O que começou como uma aparente rivalidade, transformou-se organicamente numa pura celebração de ambos os filmes e do poder comum de vê-los numa sala de cinema”, explica ainda Robbins. “É uma vitória para todos”.