Will Smith tinha 21 anos, era muito novinho, imberbe e inocente quando o mundo o conheceu em O Príncipe de Bel-Air, sitcom que o elevou a estrela da comédia de Hollywood. Nessa altura, o ator nascido há 51 anos em Filadélfia, sentia-se mais livre do que nunca, com uma liberdade criativa e de movimentos irrepetível. Ao longo de 148 episódios, em seis temporadas, emitidas nos Estados Unidos entre 1990 e 1996, também a passar na televisão portuguesa, Will Smith viveu uma verdadeira aventura cómica no pequeno ecrã que o catapultou para grandes produções cinematográficas, como Bad Boys e Men In Black.
No dia em que passam precisamente 30 anos sobre a estreia da sitcom, o ator publicou na sua página de Instagram uma fotografia da reunião do elenco inicial, ao lado de Alfonso Ribeiro, Tatyana Ali, Karyn Parsons, Joseph Marcell, Daphne Reid e dj Jazzy Jeff.
Faltavam na fotografia James Avery, ator que morreu em 2013 e dava vida ao tio Phil, e Janet Hubert, que interpretava a tia Viv, substituída por Daphne Reid. Aliás, a ideia da reunião do elenco é precisamente de Janet Hubert que desafiou Will Smith a falar com ela, algo que não acontecia há 25 anos.
A família Banks vai protagonizar um episódio especial para a plataforma HBO Max, para ver ainda no outono, “uma noite divertida e sincera, cheia de música, dança e mais convidados surpresa especiais”, acrescenta a plataforma.
Mas as novidades não se ficam por esta reunião. Na passada terça-feira, 8, Will Smith anunciou no seu canal no YouTube que a sitcom terá a sua versão séria, dramática em 2021. Depois de Morgan Cooper (autor e realizador) e Chris Collins (autor e produtor executivo), no ano passado, terem apresentado uma curta-metragem que remetia para uma espécie de trailer de um hipotético filme dramático intitulado Bel-Air, a plataforma americana Peacock, do serviço de streaming da NBCUniversal, encomendou duas temporadas inteiras do projeto. Will Smith está efusivo e muito expectante para ver o conceito base de Bel Air original adaptado a um drama: um miúdo que sai das ruas de Filadélfia nos dias de hoje, para se juntar a uma família negra nas mansões de Bel-Air, num cenário republicano com o mundo a passar quase em direto nas redes sociais. São “personagens com muitas camadas”, segundo Morgan Cooper, que deixam adivinhar uma abordagem diferente ao transformar comédia inofensiva nos anos 90, em material acutilante no século XXI. A rodagem decorrerá ainda numa América de Trump, mas quem sabe se a estreia não acontecerá em tempos mais democratas.