Kendrick Lamar foi distinguido pelo melhor álbum de rap (“To Pimp Up a Butterfly”), melhor canção e atuação de rap (“Alright”), melhor colaboração de rap (“These Walls”) e melhor ‘videoclip’, por “Bad Blood” (com Taylor Swift).
Contudo, o galardão mais ambicionado – o de melhor álbum do ano – foi para Taylor Swift, que venceu também na categoria de melhor ‘videoclip’ (“Bad Blood”) e de melhor álbum de pop vocal.
Kendrick Lamar estava indicado para 11 prémios da indústria discográfica norte-americana, enquanto Taylor Swift somava sete nomeações, tendo-se tornado a primeira artista feminina a ganhar por duas vezes o Grammy para o melhor álbum do ano.
O grupo americano Alabama Shakes foi outro dos vencedores, ao arrecadar três prémios: melhor álbum de música alternativa (“Sound & Color”), melhor canção rock e melhor atuação rock (“Don`t Wanna Fight”).
O cantor britânico Ed Sheeran obteve dois gramofones, um dos quais pela melhor canção (“Thinking Out Loud”).
Mark Ronson e Bruno Mars também foram agraciados com dois Grammy, incluindo o de melhor gravação, por “Uptown Funk”.
Igualmente com um par de galardões foram para casa Little Big Town, The Weeknd, D`Angelo, Jason Isbell e Chris Stapleton.
O Grammy de artista revelação foi entregue a Meghan Trainor.
Já a melhor gravação de ópera foi para uma versão de “L`Enfant Et Les Sortilèges”, de Ravel, numa categoria para a qual estava nomeada “Il ritorno d`Ulisse in Patria”, de Monteverdi, pela orquestra Boston Baroque, com a participação dos cantores portugueses Fernando Guimarães e João Fernandes.
Muse venceu o melhor álbum de rock (“Drones”), Skrillex & Diplo arrecadaram o Grammy de melhor álbum de eletrónica (“Skrillex & Diplo present Jack Ü”) e Chris Stapleton ganhou o melhor disco de country (“Traveller”).
Na categoria de World Music, em que o brasileiro Gilberto Gil figurava entre os nomeados, ganhou Angelique Kidjo (“Sings”).
A pianista brasileira Eliane Elías venceu, com “Made In Brazil”, o galardão de melhor álbum de jazz latino.
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter recebeu o Grammy de melhor álbum falado (“A Full Life: Reflections at Ninety”); enquanto o lendário Tony Bennett levou para casa o seu 18.º gramofone, após triunfar na categoria de melhor álbum de pop vocal tradicional.
O tiro de partida da cerimónia dos Prémios Grammy ficou a cargo de Taylor Swift. Seguiram-se as atuações de Sam Hunt e Carrie Underwood e The Weeknd. Andra Day com Ellie Goulding (“Rise Up” e “Love Me Like You Do”) precederam a homenagem a Lionel Richie, que recebeu o prémio Personalidade do Ano, em que artistas como John Legend ou Demi Lovato se reuniram para recordar alguns clássicos como “Easy” ou “You Are”.
Little Big Town interpretaram a sua balada “Girl Crush” antes de Stevie Wonder cantar “That`s The Way Of The World” para homenagear o falecido Maurice White do grupo Earth, Wind & Fire. Outro dos momentos da noite teve o `carimbo` de Jackson Browne e The Eagles, que interpretaram “Take It Easy”, em memória do desaparecido Glenn Frey.
Kendrick Lamar interpretou “The Blacker The Berry” e “Alright”, encerrando a sua atuação com a projeção do mapa africano impresso com a palavra Compton, a sua cidade natal.
Após quatro anos de ausência, Adele voltou aos Grammy, acompanhada ao piano, numa cerimónia que também contou com Justin Bieber.
Outro ponto alto foi a atuação de Lady Gaga, que com um jogo de luzes que desenhava sobre o seu rosto as mil e uma caras de David Bowie, protagonizou um espetáculo em que cruzou músicas do falecido artista britânico como “Space Oddity”, “Changes” e “Heroes”.
Chris Stapleton, Gary Clark Jr. e Bonnie Raitt prestaram homenagem a B.B. King.