Um hotel, duas igrejas, a sede de um jornal, uma universidade, duas gares marítimas e o grande hall de uma Fundação são lugares onde se pode visitar o legado artístico de Almada Negreiros. Esse périplo pela cidade é uma boa maneira de homenagear este artista multifacetado, modernista e nacionalista à sua maneira, que nasceu há 120 anos na ilha de São Tomé
Desde julho, em dias certos, um autocarro branco e negro percorre as ruas de Lisboa, com todos os lugares ocupados. O seu nome de código é K4 e as suas paragens rotineiras foram escolhidas por puros critérios artísticos. Esta visita urbana sobre rodas, em nome da arte, agradaria aos futuristas e modernistas da primeira metade do século XX, como Almada Negreiros. Pintor, dramaturgo, poeta, desenhador, romancista, caricaturista, bailarino, figurinista, cenógrafo (e mais ainda…), acabaria por se notabilizar também por obras em grande escala, associadas à arquitetura da cidade.
Pela sua permanência no quotidiano – umas mais escondidas do que outras – são elas o lado mais visível, hoje, do vasto legado artístico de José de Almada Negreiros. E é em seu nome que o autocarro K4 (referência ao folheto literário futurista K4, o Quadrado Azul, publicado por Almada em 1917) rasga as ruas de Lisboa.
O ponto de encontro é na sede do Diário de Notícias, às 10 horas e às 14 e 30 dos próximos dias 17, 24 e 27 (mas para participar é necessária marcação, através do telefone 218170742; devido ao sucesso desta iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa é provável que as visitas se prolonguem por outubro).
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