Sou leitora e assinante da Visão há mais de 27 anos. Além da edição digital, compro-a semanalmente nas bancas, por convicção, para apoiar… Dizer isto é dizer que cresci convosco, que me informei convosco, que vi o mundo pelos olhos do vosso jornalismo.
E hoje, com o coração apertado, escrevo estas palavras não apenas como leitora fiel, conjuntamente com o meu marido, mas como alguém que sente que pode estar a perder uma parte essencial da sua ligação à verdade, à reflexão e à liberdade.
A Visão sempre foi para nós e para muitos, símbolo do jornalismo sério, íntegro e corajoso.
Uma revista que nunca teve medo de pensar, de investigar, de incomodar quando era preciso, de iluminar o que alguns preferiam deixar nas sombras.
Uma casa onde o rigor e a humanidade andam de mãos dadas. Uma referência.
É por isso, com imensa tristeza que sei da possibilidade da dissolução deste projeto extraordinário.
Como chegámos aqui?
A ideia de ver tantos profissionais de excelência sem o espaço que merecem para exercer a sua vocação, é um golpe duro, não só para eles mas também para todos nós, os seus leitores. Porque quando uma voz como a da VISÃO se cala, todos ficamos mais pobres, mais vulneráveis, mais sós.
Mas não quero escrever apenas com tristeza!
Quero, acima de tudo, deixar uma mensagem de esperança.
Acredito, e quero acreditar, que ainda é possível reverter este caminho. Que ainda há mãos e vontades capazes de salvar a Visão. Que o jornalismo de qualidade, feito com alma, ainda tem lugar e valos neste país.
Que a confiança dos leitores, construída ao longo de décadas, pode ser uma força mobilizadora!
Sei que não depende apenas de nós, leitores. Mas também sei que o nosso silêncio seria uma forma de desistência. E eu não desisto! Não da Visão não de tudo aquilo que ela representa.
Aos que fazem esta revista, o meu mais mais profundo respeito e agradecimento. E a certeza de que, aconteça o que acontecer, a vossa marca permanece e permanecerá em cada um de nós, leitores!
Com carinho e esperança
Maria de Fátima de O.G. Moreira Paulo
Olá a todos os que resistem.
Quero , uma vez mais , manifestar o meu total apoio à GRANDE luta e resistência que alguns jornalistas da “nossa” VISÃO estão a levar a cabo para que a revista se mantenha firme , independente e continue a ter o seu merecido lugar nas bancas . Porque uma banca de venda de jornais e revistas sem a VISÃO ficaria muito pobre.
Tenho consciência de que não é o momento para destacar este ou aquele artigo/texto ou algum jornalista , mas não posso deixar de mencionar o claro, objetivo, excelente texto da jornalista Margarida Davim “O que nós mudámos em 58 anos “, publicado na VISÃO 1690 de 24 julho.
Grande abraço de amizade ( desculpem mas já vos considero meus amigos )
“ousar lutar, ousar vencer”
Luís Filipe Mesquita
Caros trabalhadores da VISÃO,
Em nossa casa, a VISÃO é assunto que atravessa, e une, gerações. A minha mãe, Isabel, acompanha-a desde a fundação, como creio que antes fazia com O Jornal. Eu, sendo um pouco mais nova do que a revista, leio-a desde a adolescência. E se, em eu criança, minha mãe comprava a VISÃO Júnior para lermos em conjunto, na idade adulta passei a interessar-me, como ela, pela VISÃO História, de que temos alguns números guardados (não tantos como gostaria, eu que desejaria a coleção completa) – certos exemplares serviram-me inclusivamente como material de pesquisa e apoio por ocasião de um ou outro trabalho universitário. (…) Tão-pouco sou a única a debruçar-me sobre números antigos da Visão. A minha mãe fá-lo ocasionalmente, e há ainda a minha avó (paterna), a quem vamos semanalmente dando os números anteriores, para que leia e se distraia um pouco.
A VISÃO tem, assim, acompanhado a minha vida, como a da minha mãe, e a nossa existência familiar. Ao longo dos anos, o elo em torno da revista configurou-se na partilha do interesse por determinados artigos ou entrevistas, com eventual leitura em voz alta de partes dos mesmos (…).
Desde que se reformou, a minha mãe abraçou a rotina de, todas as quintas-feiras, sair de manhã para tomar café e comprar a VISÃO Nas últimas semanas, tal ritual tem sido assombrado pela incerteza quanto à permanência da revista, a que se segue uma sensação de alívio e alegria por a encontrar na papelaria e a poder trazer para casa. (…) Espero sinceramente que a vossa (nossa) causa saia vencedora, que a minha mãe possa continuar a comprar a VISÃO todas as quintas-feiras e, eu, a colecionar artigos e VISÕES História. Que, nas chamadas telefónicas, também elas semanais, em que o meu pai, do trabalho, pergunta se a VISÃO “ainda saiu” e a comprámos, possamos continuar a responder sim. Os hábitos são importantes, e a VISÃO é um hábito nosso. Gostaria de pensar que de todo o País. Ainda se assim não for, a resistência perante o fim, de molde a adiá-lo quanto possível, a certeza de que se tentou quanto se podia por uma causa perdida, ou recusando que ela o fosse, tudo isso é supremamente comovente e louvável. Também por isso vos agradeço. Creiam que o vosso esforço e a vossa dedicação não passam despercebidos, sendo reconhecidos e admirados, quero crer, não só na minha, mas em várias casas, por Portugal afora, como aliás se vem comprovando no correio do leitor mais recente. Obrigada.
Com admiração e estima,
até à próxima quinta-feira,
Sofia Lúcio Sequeira
Sou assinante da VISÃO e o JL e compro, ao mesmo tempo, as duas publicações em papel. Que mais posso fazer para ajudar a salvar essas revistas? A ainda compro as Biografia e a História. Não podemos cruzar os braços. Um agradecimento muito particular aos que esta semana tomaram em mãos fazer esta revista, apesar de compreendermos ao greve que os outros legitimamente decidiram fazer. Às vezes é por respeito aos que servimos que valores mais altos se levantam. E isto não tem paga. Assim os que tem responsabilidade de salvar o melhor jornalismo respondam depressa e percebam que sem ele não é possível ter uma informação livre.
Um grande abraço a todos nessa redação
Heitor Ribeiro
Em relação ao texto ” A VISÃO merece a confiança ” assinada por três jornalistas da VISÃO e saído na revista de 26/06/25 , venho por este meio dar o meu grande apoio à luta que os trabalhadores do grupo Trust in News, nomeadamente da VISÃO, estão a encetar para a viabilidade e continuação da publicação da “nossa” revista. O possível desaparecimento da VISÃO seria mais uma machadada no setor da comunicação social independente, nomeadamente a escrita. Sou leitor da VISÃO praticamente desde o primeiro número. Naturalmente que tenho algumas críticas a fazer , não concordo com tudo o que é escrito ou com algumas partes da revista. Mas, no essencial , a minha opinião é positiva e far-me-ia muita falta se a VISÃO deixasse de aparecer nas bancas. Poderia assinar a VISÃO e recebê-la em casa, mas o ritual de ir, quinta-feira de manhã, a uma banca ou quiosque comprar a revista é, para mim, um prazer. Tenho muita esperança que a vossa vontade, força e luta vá dar os frutos que muita gente, que ainda acredita na verdade , anseia e que é a continuação da VISÃO. Há dois órgãos de comunicação social (VISÃO e Público) que, se desaparecessem, estávamos “tramados”! O meu grande desejo é que o desfecho da vossa “luta” seja bem sucedido .Um grande abraço de solidariedade.
Luís Filipe Mesquita