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Não há como enganar o turista: as estâncias situadas a baixa altitude – e por baixa entenda-se 1 800 metros e sempre a descer – estão com tão pouca neve que mais vale arrumar os skis e a prancha de snowboard e ficar a apanhar sol numa espreguiçadeira com vista para as pistas. O calor é tanto que nem apetece beber vinho quente.

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Escrevemos pistas? Em certos casos, não passam dumas fitas brancas estreitas entre montes verdes e floridos, e com uma camada de neve tão fina que pode tornar-se perigoso deslizar por ali.
Por todos os Alpes a pouca neve que caiu até agora só vai sendo mantida com a ajuda de canhões. Mas se já tem umas férias brancas programadas para a passagem do ano, não esmoreça porque os meteorologistas preveem a queda de grandes nevões – para algumas regiões da Europa até chegam ao pormenor de prever 50 centímetros de neve. Isto para a primeira semana do ano.

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Dezembro foi o mês mais quente de que há memória. E no período entre janeiro e novembro foram registadas as temperaturas mais altas desde 1880. Por isso, só nevou a sério a grande altitude.
Nada que preocupe por ali e além os responsáveis da Sporski, operador turístico especializado em neve. Até agora, as reservas mantêm-se nos níveis dos anos anteriores.
“Não é o primeiro ano em que neva pouco até dezembro”, nota Margarida Gaivão, do departamento de Marketing. “Nevou no final de novembro, o que foi bom porque é a primeira neve que constrói a base.”

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Andorra e Espanha representam 90% das vendas na Sporski. Enquanto em Andorra por esta altura há mais de 130 quilómetros de pistas abertas, na Serra Nevada ainda não começou a nevar a sério. Mas nem isso deixa os responsáveis da empresa apreensivos. “A Serra Nevada tem normalmente uma ótima temporada no fim da época”, lembra Margarida Gaivão. “As semanas das férias da Páscoa são sempre fortes.”
Não diga que não avisámos.

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