#slowdown reza o hashtag e lema da Hirundo. “Uma maneira de refletir o afeto com que se faz cada peça”, explica Eduardo Serzedelo, um dos sócios fundadores da marca. Com sapatos produzidos à mão em Portugal, a partir de materiais nacionais, reciclados e certificados, aposta no monoproduto, com um único modelo branco e solas de 11 cores diferentes – exceção feita ao modelo 100% preto. “Abrimos agora numa loja física, porque acreditamos que é importante experimentar os ténis”, conta Eduardo. E tem razão.
A Hirundo, que significa ‘andorinha’ em latim, nasceu no Porto, em 2021, com uma campanha na plataforma Kickstarter, que permitiu produzir apenas o número de exemplares previamente vendidos, sem gerar desperdício. “O projeto arrancou por causa das pessoas. E logo nessa altura tivemos 50% de vendas para fora de Portugal”, conta. Depois da loja online, abriram no outono uma loja física na Embaixada, do Príncipe Real, com um bonito móvel central, desenho do arquiteto João Regal, que permite ter os ténis em exposição, mas também servir de armazenamento.
A pele dos ténis é certificada, 30% da borracha da sola é natural (a restante sintética, mas está em curso uma transição para a borracha reciclada), os atacadores são de algodão orgânico, a palmilha é feita de cortiça reciclada e a sola intermédia um aglomerado de cortiça. “A inscrição na parte traseira agora é bordada”, conta Eduardo, porque os ténis têm vindo a sofrer pequenos ajustes ao longo do tempo. A conceção artística dos é dos irmãos Eduardo e Filipe Serzedelo, com ajustes técnicos da fábrica onde são feitos, na zona norte do país. Entre as cores das solas, destaque para o beringela, o azul, o amarelo limão e o verde, sendo certo que conhecerão novas cores nos próximos tempos. Os Hirundo têm um preço fixo de €145 e já têm a companhia de meias portuguesas, também produzidas pela marca. “Mais para a frente vamos ter mais acessórios.” Aguardemos.
Praça do Príncipe Real, 26, Lisboa / 96 530 9154 / seg-sáb 12h-20h, dom 11h-19h