Inês Telles desenha o abecedário
Inês Telles é já um dos nomes mais conhecidos da joalharia portuguesa, com uma marca homónima que sopra este ano as 12 velas. Com uma tendência para desenhar peças inspiradas na História de Arte, a sua formação, tem uma predileção por artefactos arqueológicos e objetos tocados pelo homem. A nova coleção, lançada no final de outubro, não é exceção. Chama-se Tipia e trata-se de um abecedário completo, de linhas e dimensões diferentes, inspirado nas iluminuras. “Naquelas letras grandes com que começam alguns textos dos livros antigos”, explica. “A inspiração vem daí, mas dei-lhe um cunho mais lúdico”, acrescenta. Já é a segunda coleção que faz com letras em pendente – vale a pena espreitar ainda a Graphia, no site – tendo esta nova um jogo de volumes e formas mais vincado que, diz a joalheira, “não torna todas as letras percetíveis à primeira”. Trabalhadas em prata ou em prata dourada, podem ser vendidas com ou sem fio (a partir de €45, apenas as letras em prata), no site da marca ou através de visitas ao atelier, na Graça, mediante marcação.
Em jeito de celebração pelos 12 anos, até ao final do mês vai lançar mais uma coleção cápsula, cujo tema se mantém (ainda) secreto.
www.inestelles.com; Instagram: @inestelles_jewelry

HLC passeia por um jardim de inverno
Com presença fixa na Embaixada, no Príncipe Real, a marca de joalharia de Helena Lopes Cardoso tem apresentado ao longo dos anos um conjunto de peças intemporais. De estilo mais sóbrio ou linhas mais arrojadas, entre anéis, colares, brincos e pulseiras há, desde a origem, uma fusão das paixões da joalheira: natureza, arquitetura, fotografia, mitologia. Agora, Helena acaba de lançar a última coleção, Winter Garden, com 16 peças em prata ou prata dourada, de linhas românticas e toques sofisticados. Como um mergulho nos temas florais, há dois brincos mais trabalhados, que usam também zircões, os little garden e os winter garden, e uns mais clássicos, a recorrer às pérolas, as argolas Venus. Nos anéis, destaque para o anel curva, e nos fios e colares, desenhados para diferentes estilos, salta à vista o colar link, a lembrar uma corrente de malha larga. Pensadas para usar diariamente, em qualquer ocasião, as peças estão à venda no site da marca, na loja da Embaixada, em Lisboa, e no The Hut, em Almancil, Algarve.
www.hlc.pt; Instagram: @hlcjewellery

Juliana Bezerra agarra a liberdade
No início de junho, Juliana Bezerra lançou uma coleção em colaboração com a marca de roupa Sienna, inspirada na ideia de liberdade. A joalheira que nos habituou às suas peças artisticamente decalcadas de elementos da natureza (conchas, corais, flores, folhas), juntou-se à fundadora da Sienna e juntas reviraram o movimento surrealista em busca de ícones que fizessem sentido nesta parceria. De Joan Miró a Salvador Dalí, de Dorothea Tanning a Dora Maar, vieram girassóis, gatos, olhos, búzios, isto é, veio alguma excentricidade que Juliana aplicou às suas peças num caminho onde a estética parece contar tanto quanto a originalidade. Os anéis, os brincos, as pulseiras e colares – muita atenção à reinvenção do escapulário, em prata e em prata dourada – foram, como já vem sendo hábito com a artista, um sucesso e, recentemente, anunciou que a coleção, pensada como limitada, se prolongaria no tempo, e que ganharia (já sem a parceria) algumas novidades. Na sua loja-atelier do Restelo, essas peças mantêm-se em exposição e já conhecem as novas inquilinas que, numa ideia de continuidade temporal, ganharam alguns traços dos anos 80. É ir passando no espaço da joalheira (físico e virtual) para ficar a par das últimas novidades.
www.julianabezerra.com; Instagram: @julianabezerrajewellery
