A marca que criou o primeiro 100% elétrico de grande produção em série, o Nissan LEAF, prepara-se para voltar a atacar o segmento dos ‘ecológicos’ com vários modelos de elétricos e eletrificados para lançar entre o início e o fim do verão. E comecemos pelo LEAF, que já terá vendido quase 600 mil unidades desde que foi lançado em 2010. A versão de 2022 já está disponível para encomenda. Não é um modelo novo, mas tem alterações no design, com destaque para as novas óticas e uma grelha frontal que ostenta o novo logótipo da Nissan. Há, ainda, novas jantes, novas cores e algumas pequenas alterações no interior, como a adição de portas USB do tipo C e a possibilidade de se usar um espelho retrovisor digital. Segundo a Nissan, o preço base do LEAF 2022 é de cerca de €31.900. Não há novidades no que diz respeito às baterias: o LEAF renovado continua a estar disponível com baterias de 40 ou 62 kWh de capacidade.
Ariya: mais autonomia que o previsto
Mas o Nissan mais aguardado para quem procura um elétrico é o Ariya, que deverá chegar a Portugal no início do verão. Este SUV deverá começar por estar disponível na versão com bateria de 63 kWh de capacidade útil e tração frontal. Já se sabia quase tudo sobre o Ariya, mas há uma novidade importante a reter: a autonomia homologada (ciclo combinado WLPT) é de 403 km. Mais do que a própria Nissan tinha anunciado (360 km). Mais tarde deverão chegar ao mercado as versões com mais capacidade de bateria (87 kWh úteis, com autonomia, não homologada, até 500 km) e dois motores (tração integral e-4orce). A Exame Informática já conduziu o Ariya e publicaremos as nossas primeiras impressões brevemente neste site.
E-Power: híbrido mais elétrico
A tecnologia e-Power, que a Nissan já usava no Japão, vai chegar à Europa. Primeiro no Qashqai e depois no novo X-Trail. Ao contrário do que acontece nos híbridos convencionais, nos e-Power os motores a combustão nunca transmitem potência às rodas. O motor a gasolina é usado apenas para produzir energia elétrica, através de um gerador, que alimenta a bateria e o motor elétrico. Ou seja, é sempre o motor elétrico que é usado para mover o carro. No caso do Qashqai e-Power, o motor elétrico tem 140 kW de potência, o motor a gasolina tem 116 kW e a bateria tem uma capacidade um pouco superior a 2 kWh. O carro arranca sempre em modo elétrico e, segundo a Nissan, é possível fazer 3 a 5 km em modo elétrico. Como este híbrido não é do tipo plug-in, a única forma de carregar a bateria é através do motor a gasolina. Esta arquitetura permite, segundo a Nissan, uma eficiência maior que nos híbridos convencionais e permite uma experiência de condução dos 100% elétricos, já que o motor que faz mover o carro é, de facto, elétrico. A maior eficiência justifica-se com duas características técnicas: possibilidade de o motor a gasolina funcionar em regimes próximos do ideal porque não têm de lidar com um sistema de transmissão; e pela arquitetura de geometria variável, que permite alterar a taxa de compressão em função de se pretender maior desempenho (para acelerações fortes) ou maior eficiência (quando em velocidade de cruzeiro).

Conduzimos uma versão de pré-produção do novo Nissan Qashqai e-Power durante a apresentação à imprensa no circuito e, de facto, a condução deste carro tem várias semelhanças com a condução de um 100% elétrico. Nota-se o binário extra na fase inicial da aceleração e aquela continuidade dos elétricos (sem caixa de velocidades).
Elétrico para distribuição urbana
A Townstar é uma carrinha do tipo VLC (Veículo Leve de Carga) 100% elétrica. Uma solução criada para transporte urbano. A autonomia conseguida pela bateria de 45 kWh usáveis é de 300 km (ciclo misto, WLTP), um valor considerando mais que suficiente para a utilização típica destes veículos. A potência de carregamento máxima é de 80 kW (CCS) e a potência de carregamento em carregadores normais (AC) é de 22 kW.

O interior tem espaço para duas paletes (3,3 metros cúbicos) e a capacidade de transporte é de 1500 kg. Apesar de ser o um veículo comercial, a Townstar disponibiliza um sistema de infoentretenimento e várias características de conforto e de apoio à condução mais próximas daquelas que encontramos num veículo ligeiro de passageiros. Alguns exemplos: suporte para Android Auto e Apple CarPlay, serviços conectados (acesso remoto via smartphone). travagem de emergência automática, deteção de ângulo morto e câmara de 360 graus.
Quanto ao Juke, a chegada da versão híbrida vai permitir, segundo dados da Nissan, reduzir o consumo em 20% e aumentar a potência em 25%. Isto relativamente ao Juke atualmente disponível. Atenção que, no caso do Juke, a arquitetura é de um híbrido convencional, não de um híbrido e-Power.