O trator apresentado pela Monarch Tractor, uma startup da Califórnia, é elétrico, demora quatro a cinco horas a carregar uma carga completa de bateria que lhe permite operar durante dez horas e consegue realizar as suas funções sem a presença de um condutor. O veículo pode ajudar a arar terreno, fazer recolhas e outras atividades agrícolas de forma completamente autónoma. Devido à regulação em vigor nos EUA, no entanto, tem de ser designado sempre um operador humano que acompanha as operações, recebe alertas em tempo real e pode parar os trabalhos se for necessário. Os sensores a bordo detetam colheitas e gado no caminho e incluem um sistema para evitar colisões.
A substituição de um trator ‘normal’, a gasóleo, por uma destas alternativas permite reduzir o nível de emissões poluentes em cerca de 77 toneladas anuais, o equivalente a remover 17 veículos ligeiros de passageiros a gasolina, explica a empresa à CNN Business.
Além de realizar operações agrícolas, o trator está equipado com sensores para recolha de dados que permite aos agricultores obter informação sobre a saúde das plantações e o potencial de colheita, providenciando ainda alertas para problemas de irrigação ou descoloração.
David Rose, um professor de inovação na agricultura da Universidade de Reading, elogia esta inovação, destacando que “o movimento para longe dos tratores a combustível, a gasóleo, é fantástico”, lembrando ainda que “a sociedade está a exigir bastante dos agricultores”. Há outras marcas a trabalhar em tratores autónomos, como a Bear Flag, a Agrointelli ou a John Deere e este especialista nota que “a política e a regulação devem fundamentalmente suportar esta nova forma de agricultura”.
A empresa conseguiu mais de 20 milhões de dólares em março e pretende lançar uma série de iniciativas piloto em três estados dos EUA, com a expetativa de começar a vender estes tratores por 58 mil dólares antes do final do ano. Um dos argumentos de venda passa pela poupança de milhares de dólares anuais em trabalho e combustível.