Francesco Milicia, vice-presidente da Ducati, revelou que a empresa não deve produzir uma motorizada elétrica pelo menos para já. A razão invocada é que as motos elétricas não garantem “o prazer, a autonomia, o peso, etc, que os condutores Ducati esperam”.
A fabricante faz parte do grupo Volkswagen e revela que irá seguir uma aposta de outra fabricante motorizada do mesmo grupo, a Porsche. “Estamos a olhar com cuidado para outras soluções para emissões zero ou reduzidas, como o combustível sintético. Outras marcas do nosso grupo, como a Porsche, estão a fazê-lo e é algo para que estamos a olhar a médio prazo”, admite o executivo, citado pelo Engadget.
Em 2019, a Ducati tinha afirmado que não estava longe de iniciar a produção de uma motorizada elétrica, mas agora parece ter revisto a estratégia. As motorizadas elétricas ainda são mais caras do que as versões a combustível, mas a performance e autonomia está a chegar a valores semelhantes nas duas opções.
A solução a explorar, dos combustíveis sintéticas, ainda não está disponível de forma global e está a ser encarada como experimental em muitos cenários. O eFuel também é considerado bastante menos eficiente que a alternativa a bateria elétrica e como sendo mais poluente.
Ainda assim, o cenário de desenvolvimento de uma motorizada elétrica não está completamente afastado. “Estamos a pensar e a trabalhar em elétricos. Fazemos parte de um grupo que está a caminhar rapidamente em direção à eletrificação e isso é uma boa oportunidade para a Ducati”, completa Milicia.