Os responsáveis da DS centraram a apresentação do DS 4 no design e na tecnologia, elementos que pretendem atrair um público mais exigente. No design exterior, o destaque vai para os grupos óticos sofisticados, onde não falta capacidade de direcionar a luz, e para o estilo cruzado entre um SUV e um coupé. No interior, as imagens apontam para materiais e acabamentos de qualidade, e para um estilo que consegue combinar um design moderno com pormenores de luxo. Por exemplo, não há saídas de ventilação visíveis no tablier, já que estas saídas de ar estão integradas ao longo de todo o tablier. O que, além das vantagens estéticas, permitirá uma distribuição de ar mais uniforme.
Capacidade de adaptação à estrada
Como referimos, a tecnologia foi um dos focos de desenvolvimento do DS 4. Em todas as áreas. Por exemplo, o carro recorre a várias câmaras, incluindo uma câmara de infravermelhos, para melhorar a segurança e o conforto. O apoio à condução não só é capaz de manter o carro no centro da faixa de rodagem e à distância de segurança do veículo que circula em frente, como também é capaz de mudar de faixa de modo semiautónomo (o condutor tem de dar a ordem). A câmara de infravermelhos permite detetar com mais precisão pessoas e animais até 200 metros de distância. Em declarações à Exame Informática, Marion David, Head of Product da DS Automobiles, salientou as novas capacidades de adaptação dinâmica do sistema que é capaz, por exemplo, “de desacelerar quando o carro se aproxima de uma curva” ou “adaptar-se à velocidade máxima indicada pelos sinais de trânsito”. A câmara montada no para-brisas também é usada para identificar o estado da estrada, informação que é usada para alterar dinamicamente a suspensão.
DS Touch: um novo painel tátil
O sistema de infoentretenimento tem por base um ecrã central generoso e de alta definição, que corre uma interface gráfica nova, apresentada como mais intuitiva, que é possível dividir por zonas (uma zona para cada função). Este ecrã é complementado por um outro ecrã tátil situado junto ao seletor das mudanças, onde o utilizador pode criar atalhos para as funções mais utilizadas, usar dois dedos para controlar o zoom do mapa e, por exemplo, escrever um endereço para o sistema de navegação. Mas mais intuitivo ainda será usar comandos de voz já que o DS 4 inclui um assistente digital capaz de lidar com voz natural. Um sistema de IA baseado na cloud, o que significa que o DS 4 integra conectividade de dados. Apesar de “ainda não incluir app de acesso remoto”, Marion David garante que “vai ser possível fazer atualizações remotas ao sistema”. Ou seja, não será necessário levar o DS 4 à assistência técnica para corrigir ou melhorar o software.
Elétrico por 50 km
O novo DS 4 vai estar disponível com motorização híbrida plug-in, que junta um motor a gasolina de 180 cavalos com um motor elétrico de 110 cavalos. A potência máxima combinada é de 225 cavalos. Em modo elétrico, a bateria permite uma autonomia de cerca de 50 quilómetros (WLPT), sendo que o carregamento pode ser feito a uma potência máxima de 7,4 kW, situação em que o tempo de carregamento é inferior a duas horas.
Quando perguntámos a Marion David por que razão não há uma versão 100% elétrica, a responsável justificou com o tipo de utilizador: “Neste segmento a expetativa do cliente é usar o carro tanto nas férias como para as viagens do dia-a-dia e, para este perfil de utilização, a arquitetura híbrida plug-in é a que responde melhor, permitindo viagens longas despreocupadas com recurso a gasolina e viagens diárias usando apenas energia elétrica”.
O novo DS 4 vai chegar ao mercado nos últimos meses de 2021 e ainda não há preços definidos para Portugal.