Na China, a Volkswagen já usa computação quântica no projeto piloto que permite prever problemas de trânsito 45 minutos antes que aconteçam. O sistema baseia-se na análise na recolha de grande quantidades de dados, incluindo estado do tempo, eventos e até os comportamentos dos peões e condutores. O sistema desenvolvido pela Volkswagen está dividido em quatro etapas: reconhecer (padrões de mobilidade e contexto), prever (os “pontos quentes” que vão surgir dentro de 45 minutos), otimizar (descobrir rotas e parâmetros de todos os elementos móveis) e enviar as rotas individuais para cada utilizador. As duas primeiras etapas são baseadas em algoritmos de aprendizagem de máquina enquanto a otimização é baseada em computação quântica. Martin Hofman, o diretor de informação da Volkswagen, justifica que esta tecnologia é necessária porque a computação tradicional não tem capacidade suficiente para lidar com as variáveis necessárias para este tipo de navegação personalizada.
A marca alemã aproveitou o Web Summit para anunciar que se vai associar à Google no desenvolvimento da computação quântica. Não só para trazer para o mercado um sistema de navegação com as capacidades indicadas, mas também para otimizar todos os processos relacionados com o desenvolvimento, produção e utilização dos automóveis. Martin Hofman deu, como exemplo, a otimização das baterias «a computação quântica tem a capacidade para analisar o que acontece nas baterias ao nível das moléculas, o que ajudará a desenvolver químicas mais eficientes».