
O Audi Q7 E-tron 3.0 TDI Quattro chega a Portugal com um preço base de 93.300 euros
Um híbrido plug-in com motor Diesel. Uma mistura que não é habitual, mas que pode ser encontrada no novo Audi Q7 E-tron 3.0 TDI Quattro. Uma opção ainda mais surpreendente quando consideramos o escândalo da adulteração das emissões de gases em alguns motores Diesel do grupo Volkswagen, a que a Audi não escapou. Uma coisa é certa: quem apostou que os motores a combustão dos híbridos E-tron iriam ser exclusivamente a gasolina perdeu a aposta.
O lançamento deste Q7 híbrido plug-in assume particular importância porque é o primeiro depois de a Audi ter anunciado que E-tron vai ser a submarca do fabricante alemão para veículos eletrificados, sejam híbridos, como o Q7, ou elétricos puros – durante a apresentação do Q7 E-tron em Portugal, os representantes da marca indicaram que os primeiros Audi totalmente elétricos vão chegar ao mercado apenas em 2019.

O sistema de gestão do motor, da transmissão e da energia é bastante complexo
Este Q7 utiliza uma arquitetura de gestão de energia e dos dois motores sofisticada e complexa, que inclui um sistema de climatização com bomba de calor e refrigeração das baterias. Tudo para, segundo a Audi, garantir o mínimo de consumo possível, independentemente das circunstâncias e o ambiente onde o Q7 está a circular. Um dos destaques vai para o sistema de transmissão automático com oito escalonamentos que faz com a entrada em funcionamento do motor Diesel seja praticamente impercetível para o condutor. O motor elétrico de 94 kW está entre o motor Diesel e a caixa de velocidades e o sistema pode acoplar/desacoplar o V6 a qualquer momento de acordo com o estado da bateria e potência requerida pelo condutor. Ao contrário do que é habitual em outros híbridos com tração integral (4×4), as rodas traseiras estão ligadas ao motor através de uma transmissão mecânica normal. Ou seja, não há um segundo motor elétrico dedicado a um dos eixos. O condutor pode escolher um de três modos de condução: híbrido (normal), preservar a bateria e EV (apenas elétrico).
Em modo puramente elétrico, a Audi anuncia uma autonomia máxima de 56 km (medições segundo a norma NEDC) que devem significar entre 30 a 40 km reais. O tempo de carregamento é de duas horas e meia quando a usar uma fonte de 7,2 kW, a potência de carga máxima suportada pelo carregador integrado. Como a bateria tem uma capacidade de 17,3 kWh, e 2h x 7,2Kw = 14,4 kWh, é de prever que a percentagem de “reserva” da bateria seja relativamente elevada. Uma técnica comum neste tipo de veículos, que permite não só aumentar a longevidade das células, como deixar carga para uma maior eficiência em modo híbrido. Numa tomada comum, o tempo de carga aumenta para 8h.

O Virtual Cockpit adapta-se às funções mais relevantes. Inclui informação pormenorizada sobre a gestão da bateria e do combustível
Este SUV pode funcionar exclusivamente em modo elétrico até uma velocidade máxima de 135 km/h. Mas mesmo a velocidades mais baixas o V6 Diesel pode entrar em ação se o condutor acelerar a fundo. E aqui entra uma característica interessante: o pedal do acelerador inclui um género de force feedback que faz o condutor sentir o momento a partir do qual o motor a combustão será acionado. Uma forma de convidar o condutor a moderar a aceleração e evitar consumo de combustível.
No que toca ao desempenho, a Audi anuncia uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,2 graças a um binário combinado de 700 Nm e a uma potência combinada de 275 kW (373 cavalos). A velocidade máxima é de 230 km/h. A autonomia máxima, com bateria e tanque de gasóleo (75 km) carregados, é de 1320 km.
O preço do Audi Q7 E-tron 3.0 TDI Quattro começa um pouco acima dos 93 mil euros.

E-tron é a marca comum a todos os automóveis eletrificados da
Primeiro contacto, primeiras opiniões
Promete porque…
– Tem um sistema sofisticado para de gestão de energia e dos motores
– A autonomia elétrica é q.b. para boa parte dos percursos diários
– Um verdadeiro todo o terreno, com a marca “Audi Quattro”
– Tecnologia a bordo, com destaque para o Virtual Cockpit
– Sistemas de auxílio à condução para evitar acidentes (deteção de faixa de rodagem, prevenção de choque frontal e cruise control adaptativo)
– Qualidade de construção e espaço a bordo
Mas…
– Baixas emissões e gasóleo não combinam muito bem
– Não suporta carregamento rápido nem sequer semirrápido
– Um Q7 só com cinco lugares?
– Sistema híbrido bastante complexo deixa-nos dúvidas quanto aos custos de manutenção
– Devia ser mais elétrico e menos combustão interna

O touchpad generoso é uma das formas de interação com o computador de bordo