Todos conhecem a Gucci pelas roupas e pelos acessórios de luxo, mas ficou para a história, também, como protagonista de um dos maiores escândalos de sempre na aristocracia italiana. Patrizia Reggiani foi condenada a 29 anos de prisão, por ter arquitetado e encomendado a morte do marido, Maurizio Gucci, em 1995, com quem fora casada durante 12 anos. É essa a história contada no livro The House of Gucci: A Sensational Story of Murder, Madness, Glamour and Greed, de Sara Gay Forden, que Ridley Scott adaptou ao cinema.
Patrizia começou por viver uma espécie de conto de fadas. Oriunda de uma família da classe baixa, encontrou no herdeiro de uma das casas mais ricas de Itália o seu príncipe encantado. A marca Gucci fora fundada pelo avô de Maurizio, Guccio Gucci, em Florença, em 1921, e mantinha-se na família. Os dois casaram-se, apesar da resistência da família dele (que a via como uma interesseira), mas a relação foi-se degradando, perante o olhar indiscreto do jet set, e terminou em divórcio, em 1991. Patrizia nunca se conformou, e Maurizio acabou assassinado, nas ruas de Milão, em pleno dia.
A adaptação, que nesta quinta, 25, chegou às salas de cinema em Portugal, filme invulgar na carreira de Ridley Scott, tem um elenco de luxo. Para o papel de Patrizia a produção considerou Angelina Jolie, Anne Hathaway, Marion Cotillard, Penélope Cruz ou Natalie Portman, mas acabou por escolher Lady Gaga. Adam Driver faz de Maurizio, E ainda há espaço para grandes atores como Al Pacino (Aldo) e Jeremy Irons (Rodolfo).
Casa Gucci > De Ridley Scott, com Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino e Jeremy Irons > 157 minutos