
1.Gus van Sant e Andy Warhol
O grande protagonista desta bienal é inevitavelmente o realizador norte-americano Gus van Sant, que se estreia na BoCA como encenador. O sujeito da peça é o ícone da pop art Andy Warhol, com quem diz ter-se cruzado uma vez e que nem sequer para si olhou.
Andy, espetáculo de teatro musical, estará em cena no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, de 23 de setembro a 3 de outubro, e no Teatro das Figuras, em Faro, no dia 16 de outubro.
2. “A Tralha”, de Capicua

O primeiro dia da bienal é marcado pela estreia de A Tralha, primeiro espetáculo de teatro de Capicua, escrito após um convite da BoCA. Tiago Barbosa dá corpo e voz às inquietações da rapper, num quase monólogo “sobre as coisas em que nos afundamos, num planeta afogado em plástico e em que o que tomamos como descartável é, afinal, indestrutível”. Será no jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, nos dias 3 e 4 de setembro, às 19h, e no dia 5, às 18 horas.
3. Jonathan Uliel Saldanha

Músico, artista visual e sonoro, performer. O percurso singular de Jonathan Uliel traduz-se na experimentação enquanto limiar. O artista regressa à BoCa depois de, em 2019, ter apresentado, no São Carlos, a performance Stocoma Cintilante, com um coro de invisuais a cantar, iluminados apenas por luz negra. Agora, na Estufa Fria, em Lisboa, inaugura-se a 3 de outubro a instalação Máquina Atávica, que coloca uma máquina de som e luz em contexto de Natureza. Até 10 de outubro.
4. Passagens
O francês Noé Soulier traz ao claustro do Museu Municipal de Faro, a 14 de setembro (19h), e ao jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, a 17 e 18 (19h), o espetáculo Passages, “um projeto nómada, que explora a relação entre o movimento dos corpos e dos lugares onde estes inscrevem as suas ações”. Assim, a performance, conceptualizada por este coreógrafo e bailarino, encontra nas existências arquitetónicas dos lugares um molde para o movimento.
5. António Poppe e La Família Gitana

Nova criação do artista multidisciplinar António Poppe, em conjunto com o grupo de música La Família Gitana, composto por jovens do Bairro do Fim do Mundo, em Cascais, Música Cigana Camões Yanomani / A Soma dos Seus junta poemas de Camões e de Mumtazz, pseudónimo artístico da portuguesa Andreia Martha (1970-2019), com textos de Davi Kopenawa (dos indígenas ianomâmis) ou das escrituras Shruti dos hindus upanixades. Nos dias 18 e 19 de setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, e no dia 1 de outubro, na Fábrica da Cerveja, em Faro.
6. Odete

On Revelations and Muddy Becomings é a nova performance da artista Odete, que poderá ser vista em três sessões a 12 de setembro (20h, 21h e 22h), na Casa da Dança, em Almada, e no dia 18 (mesmos horários) na Fábrica da Cerveja, em Faro. O trabalho de Odete assenta na necessidade de politizar a ideia de corpo enquanto presença em palco, negando-lhe o caráter mercantil ao relegá-lo para a sombra, para a omissão. Com a participação de Tita Maravilha e de Herlander.
7. Beuys e a Natureza
Em ano de celebração do centenário de Joseph Beuys, o projeto, a dez anos, A Defesa da Natureza, uma parceria da BoCA com a Liga para a Proteção da Natureza, irá plantar sete mil árvores e contará com a participação de diversos artistas para homenagear o artista plástico alemão falecido em 1986. A reunir esses artistas, Berru, Dayana Lucas, Diana Policarpo, Gustavo Ciríaco, Gustavo Sumpta, Musa Paradisíaca (Eduardo Guerra e Miguel Ferrão) e Sara Bichão, estão os curadores Delfim Sardo e Sílvia Gomes.
BoCA > 3 set-17 out > Programa completo em bocabienal.org