Quando surgiram, em 2015, com o álbum de estreia Eden’s Inferno, foram celebrados como os últimos resistentes da chamada cena de Coimbra, juntando numa mesma formação alguns dos nomes de proa que fizeram da cidade do Mondego um dos epicentros mais movimentados do rock português. Composta pelos vocalistas Raquel Ralha (Wraygunn, Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet, The Twist Connection) e Toni Fortuna (D3ö, Tédio Boys, M’as Foice), a quem se juntam os músicos Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet) e Gonçalo Rui (produtor musical e guitarrista), a banda recuperou à época as referências e sonoridades dos seus celebrados projetos anteriores, à luz de um ângulo mais cinematográfico.
Cinco anos depois, em 2020, regressou com II, disco novamente influenciado pela assumida paixão pela sétima arte de Pedro Renato – o próprio nome do grupo, Mancines, é uma homenagem a Henry Mancini, compositor norte-americano de origem italiana, autor de obras fundamentais da história do cinema, como The Pink Panther Theme ou Moon River. O cinema serviu, no entanto, como ponto de partida, e não de chegada, na construção dessa tal identidade própria, que antes ainda parecia faltar e agora lhes sobra, com um conjunto de belas canções compostas por Pedro Renato e com letras de Raquel Ralha, Toni Fortuna, Samuel Úria e JP Simões. Este último estará presente em palco neste concerto que, mais de um ano depois do lançamento, servirá para apresentar o álbum ao público lisboeta, num espetáculo integrado na “Destemporada” de verão do CCB, cuja programação se prolonga até final de agosto e conta ainda com as atuações de Marta Ren (31 jul), Selma Uamusse (7 ago), Cabrita (14 ago), Luís Severo (21 ago) e The Legendary Tigerman (28 ago).
Mancines > Centro Cultural Belém > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2400 > 24 jul, sáb 21h > €10
