Vontade para passar um final de tarde diferente, gosto pelo cinema e um pacote de lenços na mão. É esta a combinação perfeita para assistir ao festival de cinema Triste para Sempre, que regressa para a sua terceira edição entre esta quinta, 1, e domingo, 4, desta feita na Fábrica do Braço de Prata, em Lisboa.
Com duas longas-metragens e 31 curtas-metragens nacionais e internacionais em exibição, o festival pretende dar palco ao cinema independente e de autor que faça da tristeza palavra de ordem. Ao todo, haverá oito sessões (que começam entre as 17h e as 21 horas), estando a cada uma destas atribuído um tema, que pode ir desde a nostalgia até à morte.
A sessão de abertura, nesta quinta, 1, tem como mote a temática da saúde mental: Eva , de Bernardo Lopes, retrata o silêncio agonizante da protagonista numa relação abusiva. Em exibição está também The Beekeeper, de William McGregor, que retrata a história real de uma apicultora do País de Gales que vê o seu trabalho em perigo com a construção de uma central nuclear.
No domingo, 4, na sessão de encerramento que tem por tema Solidão e Reencontro, exibe-se o documentário Les Statues de Fortaleza, de Fabien Guillermont, acerca dos refugiados venezuelanos no Brasil, e ainda Pelas Mãos de Quem Me Leva, do brasileiro João Côrtes. O filme conta a história de Aurora, órfã desde criança, que aos 22 anos, com a chegada de Bruno, um empresário mais velho, vê a sua vida ganhar um novo fôlego.
Criado em 2019 por António Simão e Carolina Serranito, o festival Triste para Sempre distingue ainda três dos filmes em exibição com os galardões “Lágrima Nacional”, “Lágrima Internacional” e “Lágrima do Público”. Enquanto os dois primeiros são atribuídos por um júri convidado pela organização, o último é da responsabilidade dos espectadores do festival que, este ano, têm também a oportunidade de visitar uma exposição ao ar livre.
Durante os quatro dias, a página de Facebook do festival será lugar de encontro para conversas entre a organização e os realizadores dos trabalhos em competição. Os bilhetes são reservados por email e a lotação de cada sessão é de 50 lugares.
Veja o trailer do documentário Les Statues de Fortaleza, de Fabien Guillermont
Triste para Sempre > Fábrica do Braço de Prata > R. Fábrica de Material de Guerra, 1, Lisboa > 1-4 jul, qui 20h, sex-dom 17h, 19h e 21h > programação completa na página de Facebook > Reservas através do email tristeparasempre.entradas@gmail.com (indicar nome, sessão e número de bilhetes) > €3,50, €9 (três sessões), lotação limitada a 50 lugares