Unanimemente considerado um dos melhores escritores de canções em português, Manel Cruz volta aos palcos, agora em nome próprio, depois de um ano na estrada com os ressuscitados (e de novo extintos…) Ornatos Violeta. Em nome próprio mas não propriamente a solo, uma vez que surge agora na companhia dos músicos António Serginho (percussão, piano, xilofone), Eduardo Silva (baixo, voz) e Nico Tricot (piano), com um espetáculo que tem como ponto de partida o último disco, Vida Nova, o primeiro assinado como Manel Cruz. Editado em abril do ano passado, foi considerado um dos melhores álbuns nacionais de 2019 e será em breve reeditado, uma vez que a primeira edição esgotou-se em poucos meses.
Depois de Lisboa, a digressão Tour Nedó apresentar-se-á também no Porto, com um espetáculo no Teatro Sá da Bandeira, marcado para 2 de abril.
Ornatos Violeta, Pluto, Supernada, Foge Foge Bandido ou Estação de Serviço foram alguns dos nomes atrás dos quais, acompanhado ou sozinho, Manel Cruz sempre se escondeu, sem nunca assumir o verdadeiro nome ou sequer afirmar-se verdadeiramente “enquanto músico”, como confessou em entrevista, no ano passado, à VISÃO. Um percurso agora novamente revisitado em palco mas de “forma mais livre e orgânica”, como o próprio assume, de modo a reinventar musicalmente um vasto repertório, incluindo alguns inéditos e temas que, nas palavras de Manel Cruz, “poderão nunca mais existir para além destes espetáculos”. Momentos únicos à vista, portanto.
Teatro Tivoli > Av. da Liberdade, 182-188, Lisboa > T. 21 315 1050 > 29 fev, sáb 21h30 > €13 a €25