
A exposição Joana Vasconcelos: I’m Your Mirror inaugura no Museu de Serralves no dia 14 de fevereiro
DR
1. O regresso de Joana Vasconcelos
Do Museu Guggenheim de Bilbao chega a exposição Joana Vasconcelos: I’m Your Mirror, primeira antológica da artista, cujo título é uma homenagem a Nico, a cantora alemã celebrizada pela música I’ll be your mirror, escrita por Lou Reed e interpretada pela banda norte-americana Velvet Underground. A vinda da exposição tem estado envolta em alguma polémica, com nenhum dos dois anteriores diretores do Museu a assumi-la oficialmente. Nesta sexta-feira, 25, durante a apresentação da programação aos jornalistas, Ana Pinho, Presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, afirmou que a exposição estava a ser “trabalhada há bastante tempo por várias pessoas”. “Foi proposta pelo Guggenhein de Bilbao, apresentada ao conselho [administração] pela anterior diretora [Suzanne Cotter] e depois foi assumida pelo diretor que, entretanto, saiu [João Ribas] e concluída agora pela equipa liderada pela diretora interina [Marta Moreira Almeida]”. Tal como em Bilbao, também em Serralves as obras de Joana Vasconcelos serão adaptadas à escala das galerias do museu, de modo a receber a artista portuguesa que aqui expôs em 2000. Depois de Serralves, a exposição seguirá para o Kunstahl Rotterdam, em Roterdão, na Holanda. 14 fev-final de junho

José Carlos Carvalho
2. Casa do Cinema Manoel de Oliveira
Apontada para o primeiro semestre deste ano (abril é a data prevista), a inauguração da Casa do Cinema Manoel de Oliveira (CCMO), projeto de Álvaro Siza que recuperou as antigas garagens do Conde de Vizela, , é um dos pontos fortes da programação deste ano. Além de uma exposição permanente dedicada ao realizador português, falecido em 2015, a CCMO terá uma sala de cinema com programação regular, duas salas de exposições (uma temporária, outra permanente), a guarda do acervo documental de Manoel de Oliveira (depositado em Serralves em 2013 e que se encontra a ser tratado), e salas de serviço educativo. A exposição permanente “permitirá uma visão de conjunto de Manoel de Oliveira, e ao mesmo tempo um olhar transversal sobre o cinema do realizador”, disse António Preto, diretor da Casa de Cinema. A primeira mostra temporária, Manoel de Oliveira – A Casa (entre abril e setembro), debruça-se sobre “a presença da casa no cinema de Manoel de Oliveira e as múltiplas representações da casa na obra do realizador”, continuou o diretor. Em Carta Branca a Álvaro Siza (abril), o arquiteto selecionará um conjunto de filmes centrados nas representações de uma casa no cinema. Da programação, constam ainda a primeira exposição de Eugène Green, cineasta americano radicado em Paris (setembro-dezembro), a exibição diária de filmes do cineasta (a maioria legendados em inglês), cinema de animação – em junho, apresenta-se o trabalho da portuguesa Regina Pessoa (com a estreia do filme Tio Tomás) e da húngara Reka Bucsi –, cinema ao ar livre (julho) e conferências. Data prevista: abril
3. Coleção de Serralves
A celebração dos 30 anos da Fundação de Serralves e dos 20 anos do Museu de Serralves servirá para mostrar “as obras que foram sendo adquiridas ao longo destas três décadas”, revelou Marta Moreira de Almeida, diretora interina do museu. A primeira exposição será a da artista norte-americana Susan Hiller (a partir de 28 fevereiro), que esteve em Serralves, em 2005, que ali apresentará a instalação interativa Os Pensamentos São Livres – a partir de uma jukebox, o publico pode escutar 100 canções de teor político colecionados pela artista. De volta ao museu, 15 anos depois, estará também Paula Rego, numa exposição monográfica com obras da artista no núcleo da Coleção realizadas desde os anos 60 até à atualidade (a partir do outono, até 2020). Durante o verão (entre julho e setembro), a exposição Celebrar a Coleção, Serralves 1989-2019 assinala também os aniversários do ano.

O arquiteto Álvaro Siza Vieira
4. Álvaro Siza
A exposição Álvaro Siza: (In)disciplina presta homenagem ao percurso criativo com mais de seis décadas do arquiteto, autor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, inaugurado há 20 anos. A mostra, comissariada por Nuno Grande com Carles Muro, parte de apontamentos escritos ou desenhados entre as décadas de 1950 e 2010. Setembro-janeiro 2020
5. Pedro Cabrita Reis
Um dos primeiros artistas portugueses a expor em Serralves, logo após a abertura do museu, depois da exposição Circa 68, Pedro Cabrita Reis regressa em outubro com uma exposição em nome próprio. Uma mostra antológica – desde a década de 80 até aos nossos dias –, concebida para o museu, que vai traduzir a relação do artista com os espaços museológicos. Outubro-início 2020

O artista Olafur Eliasson foi o autor de uma gigantesca cascata artificial no Grand Canal do Palácio de Versailles, em França