Depois da Áustria, serão muitos os países a atravessar o ano na Casa da Música, com o Novo Mundo como tema. A agenda percorrerá todo o continente americano: do tango da Argentina ao jazz do Norte dos Estados Unidos da América, passando pelo samba, a salsa e o reggae. Será a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, um dos agrupamentos residentes, a protagonizar os dois primeiros concertos. Nesta sexta, 11, estreia-se o poema sinfónico do compositor argentino Alberto Ginastera, Popol Vuh, La Creación del Mundo Maya, obra que ilustra musicalmente o nascimento da Terra e o despertar da Natureza, e escuta-se a sinfonia nº 9 Do Novo Mundo, que o compositor checo Antonín Dvorák criou sobre a imensidão das paisagens norte-americanas, do país que o acolheu, inspirado nas canções dos escravos das plantações de algodão. No domingo, 13, a sinfonia de Dvorák volta a escutar-se na Sala Suggia, num concerto comentado por Daniel Moreira.
“Há uma característica partilhada pelos compositores eruditos [do Novo Mundo] que é a forma menos complexada de se apropriarem da música de esfera popular”, explicou o diretor artístico, António Jorge Pacheco, durante a apresentação do novo tema da Casa da Música. A festa continua, de portas abertas a todos, de 16 a 20 de janeiro, com visitas guiadas, ensaios, workshops e concertos imersivos, na iniciativa Casa Aberta, e com o espetáculo Américas, dia 18, no qual, além da estreia de Orion, do canadiano Claude Vivier, a Orquestra Sinfónica interpreta Abertura Cubana, do norte-americano George Gershwin, a popular Sensemayá, do mexicano Silvestre Revueltas, em que se evocam os rituais pagãos das tribos indígenas através de clavas, cabaça ou tambores, e a obra Amériques, do francês Edgard Varèse, cuja carreira esteve ligada aos Estados Unidos da América.
Casa da Música > Av. da Boavista, 604, Porto > T. 22 012 0220 > Novos Mundos > 11 jan, sex 21h > €17,85 a €21,60 > Sinfonia do Novo Mundo > 13 jan, dom 12h > €11,30