
Chega ao fim a exposição mais polémica dos últimos anos: Robert Mapplethorpe, Pictures, está patente no Museu de Serralves, no Porto
Lucilia Monteiro
Foi prolongada até esta quarta, 9, a exposição mais polémica dos últimos anos no Museu de Serralves, no Porto: as 159 fotografias de Robert Mapplethorpe, numa retrospetiva intitulada Pictures e que terá estado na origem da demissão do ex-diretor do museu e do seu curador, João Ribas. Prolongada foi também, até 17 de fevereiro, a mostra de obras em grande escala de Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências, no Parque e Museu de Serralves, sem que – pelo menos, que se saiba – o artista indiano-britânico tenha concluído um dos trabalhos previstos, Na Sombra da Árvore e no Nó da Terra, que seria construído no Prado.
Com a exposição Companhia, sobre a obra do cineasta Pedro Costa e os galardoados com o Prémio Novo Banco Revelação 2018, patente até ao dia 27, aguarda-se pela divulgação, nas próximas semanas, da programação para 2019 do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, que deverá integrar uma grande exposição de Joana Vasconcelos.
Na Galeria da Biodiversidade, na Casa Andresen, termina neste domingo, 6, a exposição da UNESCO Green Citizens: Pioneiros da Mudança, que, desde final de setembro, revela testemunhos e projetos de quem tenta construir um mundo melhor. No final do mês, a galeria dará lugar ao início das comemorações do centenário de Sophia de Mello Breyner com a exposição fotográfica documental Pour Ma Sophie, construída a partir da biblioteca pessoal da escritora.
Até 12 de janeiro, ainda poderá ver os trabalhos de ilustração, pintura ou arquitetura de papel nas 15 galerias do Quarteirão de Miguel Bombarda. Uma semana depois, no dia 19, haverá lugar a outras inaugurações a celebrar os 12 anos desta iniciativa que junta, em simultâneo, várias galerias das Ruas Miguel Bombarda, Rosário e D. Manuel II.
Em Lisboa, terminam já neste domingo, 6, as exposições Saudade, China & Portugal Arte Contemporânea, no Museu Coleção Berardo, a mostrar-nos o diálogo entre 16 artistas portugueses e chineses em diversos suportes, e a individual Almost Blue, de Maria Trabulo, que, na Galeria Boavista, apresenta várias obras escultóricas sobre uma possibilidade de definição do mar.
Até ao dia 13, o Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, continua a evocar os 12 anos de carreira de Vera Marmelo através da mostra Doze, onde a fotógrafa nos apresenta parte do seu portefólio de imagens de festivais de música. No Centro Cultural de Cascais, até dia 20, tem a oportunidade de (re)ver a retrospetiva Norman Parkinson: Sempre na Moda, que nos leva em viagem pelo mundo da moda feminina desde os anos 30 através de 80 fotografias.
Entretanto, em fevereiro, terminam outras duas boas exposições: no dia 10, a retrospetiva dedicada ao desenho de Rui Chafes, Desenho sem Fim, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em Guimarães, e, no dia 18, a mostra Eça e os Maias – Tudo o que Tenho no Saco, patente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a celebrar os 130 anos de Os Maias.

Anish Kapoor: Obras, Pensamentos, Experiências, foi prolongada até 17 de fevereiro no Parque e Museu de Serralves, no Porto
Lucilia Monteiro