
The National
1. Jorge Palma
5 e 7 outubro, Lisboa e Porto
Quarenta e cinco anos de carreira?! É mesmo verdade. Começam a contar com a edição, em 1972, de uma canção em inglês: The Nine Billions Names of God. Mas seria o seu talento trabalhado às voltas com a língua portuguesa que o tornariam num nome maior da nossa música popular. Este festejo vai fazer-se com a Orquestra Clássica do Centro (dirigida por Rui Massena) em palco. Podem ser aritmeticamente corretos estes 45 anos, mas haverá sempre algo de jovial nas velhas canções de Jorge Palma, mesmo com uma orquestra a acompanhar. Coliseu de Lisboa > R. das Portas de Santo Antão 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 5 out > Coliseu Porto > R. de Passos Manuel, 137, Porto > T. 22 339 4940 > 7 out > €15 a €45
2. Jay-Jay Johanson
10-14 outubro, Faro, Lisboa, Leiria, Guarda e Braga
Um clássico caso de regresso ao lugar da partida. Depois da sua estreia, em 1996, com o álbum Whiskey (e canções inesquecíveis como It Hurts Me So ou So Tell the Girls that I’m Back in Town), o sueco Jay-Jay Johanson trilhou vários caminhos, cortes de cabelo e estilos musicais diferentes. E, em 2017, onde o encontramos? Numa digressão em que toca essas primeiras canções, já com a patine de duas décadas em cima que lhe assenta mesmo bem. Podemos voltar aos sítios (e sons) onde fomos felizes? Além do concerto de Lisboa, Jay-Jay passa por Faro (10 de outubro), Leiria (12), Guarda (13) e Braga (14). Teatro Tivoli BBVA > Av. da Liberdade 182-188, Lisboa > T. 21 315 1050 > 11 out > €15 a €28
3. The National
28 outubro, Lisboa
Com sorte, conseguem-se uns bilhetes, à porta, de desistentes de última hora… O regresso dos The National a Portugal, para apresentarem o novíssimo álbum Sleep Well Beast, está esgotado há muito. Mais uma prova da relação especial que têm mantido com o público português desde que aqui se estrearam em Paredes de Coura, em 2005. O segredo será aquela melancolia, muito nossa, sempre presente nas palavras, melodias e na voz de Matt Berninger? Coliseu de Lisboa > R. das Portas de Santo Antão 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 28 out > €35 a €39
4. Gal Costa
10-12 novembro, Lisboa e Porto
Com a digressão Espelho d’Água, Gal Costa comemora em palco 50 anos de carreira. Demasiado tempo para se resumir numa noite só, claro. Mas não se pense que vai ser uma espécie de samba de uma nota só chamada nostalgia. Num concerto onde não faltarão velhos hits, hoje clássicos, também estarão as canções de Estratosférica, o seu mais recente álbum (de 2015). Campo Pequeno > Lisboa > T. 21 799 8450 > 10-11 nov > Coliseu Porto > R. de Passos Manuel 137, Porto > T. 22 339 4940 > 12 nov > €35 a €70

A neozelandesa Aldous Harding vem ao Vodafone Mexefest
Andrew Benge
5. Vodafone Mexefest
24 e 25 novembro, Lisboa
A receita é sempre a mesma e não há razões para grandes mexidas, porque funciona na perfeição. O Vodafone Mexefest está feito para permitir vários tipos de descobertas e deambulações − musicais e físicas, avenida acima, avenida abaixo… A programação aposta, por norma, em nomes que se estão a afirmar, muitas vezes naquele momento em que se preparam para dar o salto dos circuitos bem informados para um público mais alargado. É o caso, este ano, da neozelandesa Aldous Harding, com a sua voz grave a servir uma espécie de folk melancólico para o século XXI. Ou dos Cigarrettes After Sex, que lançaram apenas este ano o primeiro álbum e, com as suas canções lentas e a voz andrógina de Greg Gonzalez, têm conquistado fãs um pouco por todo o mundo (como atesta uma preenchidíssima agenda de concertos nas mais variadas geografias). Ainda há nomes por revelar, mas a estes dois juntam-se, para já, Manel Cruz, Destroyer, Liars, Valete, Julia Holter, Songhoy Blues, Childhood, PAULi, Statik Selekta, Allen Halloween, Karlon Liniker e os Caramelows e IAMDDB.
Resta saber a distribuição pelos vários espaços, sabendo que todos os anos este festival − que já nos levou a estações de metro, garagens, piscinas vazias, terraços, cinemas, igrejas, salões rococó ou divisões periclitantes… − consegue ter uma surpresa na manga ali à volta da Avenida da Liberdade. “Liberdade” é mesmo o nome certo para estas noites em que cada um faz o seu festival com a certeza de que há decisões difíceis e nunca se conseguirá ver os concertos todos. Vários locais da Avenida da Liberdade, Lisboa > T. 21 010 5700 > 24-25 nov > €45

Spoon
6. Spoon
16 e 17 novembro, Porto e Lisboa
Foi muito celebrado, o regresso aos discos dos norte- americanos Spoon, com Hot Thoughts, lançado este ano. O concerto que deram no palco Heineken do Festival NOS Alive este verão deu vontade de os reencontrar com mais tempo, em nome próprio, num qualquer palco (os festivais também servem para isso, para abrir o apetite para o que aí vem…). E é o que acontecerá nos dois coliseus, com algum do melhor indie rock (se é que esta etiqueta ainda faz algum sentido) made in USA. Coliseu Porto > R. de Passos Manuel 137, Porto > T. 22 339 4940 > 16 nov > Coliseu de Lisboa > R. das Portas de Santo Antão, 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 17 nov > €26

Tito Paris
7. Tito Paris
18 novembro, Lisboa
Tem tudo para ser uma noite especial e festiva, este reencontro de Tito Paris com o(s) seu(s) público(s), na mais nobre sala da capital. O concerto vem na sequência da edição de um novo álbum, Mim Ê Bô (significa “eu sou tu”, em crioulo), coisa que já não acontecia há 15 anos. Adivinhamos vários convidados a subirem ao palco para acompanhar Tito Paris, ou não fosse esse sentimento de comunhão e partilha um dos traços mais fortes da identidade musical de Cabo Verde no mundo. Coliseu de Lisboa > R. das Portas de Santo Antão 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 18 nov > €15 a €40