Já lá vão mais de 20 anos desde que a Gare Marítima de Alcântara, em pleno centro de Lisboa, recebeu, durante dois dias, a primeira edição do Super Rock. Foi um verdadeiro cartaz de luxo para a época, composto por nomes como The Jesus and Mary Chain, The Cure, Faith No More, Therapy? e Morphine, que deu então início à idade moderna dos festivais de música em Portugal.
A novidade tornou-se entretanto a norma, com uma proliferação de festivais que torna difícil a escolha (e as contas) na hora de decidir, mas o melhor critério, como sempre, é a música e, a esse nível, o Super Rock soube manter-se sempre à altura dos pergaminhos da primeira edição, nesse cada vez mais longínquo ano de 1995. Tal como então, o festival volta a ter o Tejo como cenário, para a beira do qual regressou em 2015, quando se mudou para o Parque das Nações, depois de vários anos deslocalizado para os arredores do Meco.
Começa já esta quinta, 13, com dois pesos-pesados como cabeças de cartaz no palco principal, nada mais nada menos do que os americanos Red Hot Chili Peppers – os grandes responsáveis pela há muito lotação esgotada do primeiro dia – e a The New Power Generation, que se fará acompanhar de Bilal nas vozes para interpretar alguns dos maiores êxitos de Prince. Pelos diversos palcos espalhados pelo recinto passarão ainda nomes como os portugueses Capitão Fausto e Manuel Fúria e os Náufragos, os brasileiros Boogarins ou os americanos Kevin Morby e The Orwells, entre outros.
Na sexta, 14, o ritmo será marcado pelas rimas e batidas do hip-hop, como as que o rapper americano Future irá trazer ao palco principal, situado no Meo Arena, fechando uma noite em que também aí atuarão os portugueses The Gift e os britânicos London Grammar. Quanto aos outros palcos, destacam-se propostas como o rap do americano Pusha T, a fusão entre jazz e hip-hop da germano- -americana Akua Naru, o coletivo luso-brasileiro de hip-hop Língua Franca ou as novas leituras do hip-hop nacional avançadas por Slow J e NBC.
O último dia, sábado, 15, será porventura o mais eclético, com a oferta a variar entre o rock dos Deftones, a eletrónica de Fatboy Slim ou a releitura acústica, por parte do brasileiro Seu Jorge, da obra de David Bowie no projeto The Life Aquatic.
Um dos momentos mais aguardados do primeiro dia de Super Bock Super Rock será a atuação de The Legendary Tigerman, que pela primeira vez revelará ao mundo os temas do novo disco, com edição prevista para o final do verão.
Super Bock Super Rock > Parque das Nações, Lisboa > 13-15 jul, qui-sáb 16h > €55 a €110 (passe três dias)