Foi anunciado como “um dos maiores espetáculos de rock alguma vez visto” e não será para menos. Afinal, não é todos os dias que se assiste à despedida dos palcos de uma das maiores bandas da história do rock & roll. Aero-Vederci Baby, assim se chama a última digressão dos Aerosmith, o grupo formado por Steven Tyler, Joe Perry, Joey Kramer, Tom Hamilton e Brad Whitford que, ao longo dos últimos 45 anos, já vendeu quase 200 milhões de álbuns.
O primeiro disco, homónimo, surgiu em 1973, mas seria preciso esperar mais dois anos, para que, com o histórico álbum Toys In the Attic, o grupo inicialmente conhecido como “os maus rapazes de Boston” começasse a ser chamado de “a maior banda rock da América”. O estatuto de superestrelas rock cresceu até à estratosfera durante o resto da década, mas quase implodiu na viragem para os anos 80, com a saída dos guitarristas Joe Perry e Brad Whitford, devido ao abuso de drogas.
Os dois haveriam de regressar em 1984 e, coincidência ou não, a banda não demoraria muito a voltar à ribalta. Primeiro com a versão de Walk This Way, feita em 1986, em parceria com o grupo Run-D.M.C, naquela que foi o primeiro encontro entre os universos do rock e do hip-hop, e, um ano depois, com o álbum Permanent Vacation.
Seguir-se-iam álbuns como Pump (1989), Get a Grip (1993) ou Nine Lives (1997), entre outros, que fizeram dos Aerosmith a banda rock americana com mais discos vendidos em todo mundo e lhes valeram 95 discos de ouro, platina e multiplatina, além de quatro Grammy Awards, oito American Music Awards, seis Billboard Awards ou 12 MTV Awards.
Tudo isso é no entanto supérfluo, quando comparado com o que a sua música significa para as gerações de fãs que, desde o ano passado, têm esgotado os concertos desta digressão de despedida.
Aerosmith > Meo Arena > Rossio dos Olivais, Lisboa > T. 21 891 8409 > 26 jun, seg 20h30 > €55 a €89