1. Talib Kweli Um dos mais aclamados nomes da atualidade no universo hip-hop, o rapper de Brooklyn é um dos grandes cabeças de cartaz da edição deste ano, onde atua no renovado Cine-teatro Capitólio, no Parque Mayer. Filho de professores, cedo começou a escrever poemas e contos, mas foi através do rap que revelou todo o seu talento com as palavras. No final dos anos 90, com Mos Def e Hi-Tek, formou o trio Black Star, que deixou para a história um brilhante título homónimo, mas foi a solo (e nas colaborações com nomes como Kanye West, Common ou Kendrick Lamar) que Talib Kweli ganhou um lugar na história da música do século XXI. Cine-teatro Capitólio > 25 nov, sex 21h45
2. Dinamite No início do ano, quando celebrava 40 anos de carreira, Dina foi homenageada por alguns dos artistas da nova geração da música nacional, como Ana Bacalhau (Deolinda), Mitó (A Naifa), Márcia, Da Chick, Samuel Úria, B Fachada, D’Alva, Tochapestana ou Best Youth, que reinterpretaram o repertório da autora de Amor de Água Fesca. Os concertos, que marcaram também o regresso da cantautora aos palcos, depois de anos de ausência, revisitaram na íntegra o primeiro álbum de Dina, Dinamite (1982), além de outras 14 canções feitas entre 1980 e 2000, num espetáculo único, que agora é recuperado, mais uma vez, para o Mexefest. Teatro Tivoli > 25 nov, sex 22h40
3. Howe Gelb Country, blues ou folk-rock são alguns dos estilos que se têm cruzado na já longa carreira, com mais de 30 anos, deste compositor, intérprete e instrumentista do Arizona. Entre os vários projetos por si criados, destacam-se os Giant Sand, por onde, desde os anos 80, já passaram músicos convidados como Neko Case, Juliana Hatfield, PJ Harvey, Vic Chesnutt, M. Ward ou Isobel Campbell. Neste concerto apresenta-se em formato trio, ao piano, com Thøger Lund no baixo e Andrew Collberg na bateria, para mostrar pela primeira vez ao público português o novo disco Future Standards, um trabalho composto por um conjunto de baladas de toada jazzy, que irá surpreender os fãs. Casa Alentejo > 25 nov, sex 23h
4. Ciência Rítmica Avançada Depois do sucesso na edição do ano passado, o jornalista Rui Miguel Abreu volta a ser o responsável pela curadoria Ciência Rítmica Avançada, que traz até ao festival um programa dedicado em exclusivo ao hip-hop português. O alinhamento junta músicos veteranos como Fuse, dos Dealema ou grupos como o Oliveira Trio, aqui na companhia o rapper Keso, com o novo rap crioulo de Landim ou promessas como Beware Jack e Blasph. Garagem da EPAL > 26 nov, sáb 20h30-24h
5. Mallu Magalhães Há mais de um ano a viver em Lisboa com o marido e também músico Marcelo Camelo, é caso para dizer que a artista brasileira vai estar a jogar em casa no Mexefest. Este concerto marca o regresso de Mallu aos palcos em nome próprio depois da extensa digressão com a Banda do Mar, com um espetáculo mais intimista que, além de recuperar alguns temas mais antigos, servirá também para apresentar algumas das canções a incluir no novo disco a solo, com edição prevista para a primavera do próximo ano. Teatro Tivoli > 26 nov, sáb 20h55
6. Celina da Piedade Já são mais de 50 os discos em que esta acordeonista, cantora, e compositora participou, colaborando com nomes tão diversos como Rodrigo Leão, Mayra Andrade, Uxia, Ludovico Einaudi, Gaiteiros de Lisboa, António Chainho ou Samuel Úria. Tendo sempre como norte a música popular portuguesa, Celina da Piedade alargou as fronteiras da tradição, tanto geográficas como conceptuais, até territórios nunca antes vistos, como mais uma vez aconteceu com Sol, o terceiro álbum em nome próprio, editado este mês, que servirá de ponto de partida para este espetáculo. Palácio Foz > 26 nov, sáb 21h10
7. Elza Soares Chamar-lhe lenda viva é pouco, porque tal soa a passado e, aos 78 anos, Elza Soares continua tão atual como sempre. Ainda no ano passado lançou o aclamado A Mulher do Fim do Mundo, o primeiro álbum composto por temas inéditos, propositadamente escritos para si, no qual a “cantora do milénio”, como também é conhecida, discorre sobre temas como o racismo, a violência, a transsexualidade ou as drogas. Uma obra de consagração, que acabou de receber o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, onde o samba se mistura com o jazz ou rock ou o hip-hop, que “a diva da bossa negra” apresenta agora em Portugal, num verdadeiro concerto histórico. Coliseu dos Recreios > 26 nov, sáb 22h10