
No Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora celebram-se os 70 anos de Lucky Luke
1. Exposição central
É no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, que se concentram a maioria dos atrativos do festival. A começar pela exposição central, organizada em parceria com a Trienal de Arquitetura, que propõe este ano uma leitura do Espaço e do Tempo na BD. Como é que as histórias começam e acabam, as diferentes abordagens e os universos espaciais através da obra de três autores – Hergé, criador de Tintim, Hugo Pratt, autor do universo de Corto Maltese, e dos mundos fantasiosos de Jean Giraud/Moebius.

O novo livro de Lucky Luke será lançado a 4 de novembro
2. 70 anos de Lucky Luke
O número é redondo e o festival não quis deixar de o assinalar, com uma exposição feita em parceria com o Clube Português de Banda Desenhada. Não só porque vêm aí livro novo – o lançamento de A Terra Prometida está marcado para dia 4 de novembro, às 18 horas –, mas também porque Morris, o seu autor, foi o convidado internacional do então Salão de BD da Amadora em 1990, dando-lhe uma importância decisiva na internacionalização e credibilização do festival. A mostra conta com originais, esboços, elementos de inspiração e fotografias cedidas pela família.
3. ‘Zombie’, de Marco Mendes
Uma das premissas do AmadoraBD é que os autores premiados em anos anteriores têm direito a uma exposição na edição seguinte, sendo também convidados a desenhar o cartaz do festival. Assim foi com Marco Mendes, autor de Zombie, eleito melhor álbum português de banda desenhada em 2015, que esteve me residência durante 15 dias na Amadora para conhecer a cidade e ganhar inspiração para o cartaz. Na exposição fica-se a conhecer o processo criativo da novela gráfica e outros trabalhos artísticos deste professor de pintura da Faculdade de Belas Artes do Porto.
4. Público infantil
A pensar nos mais novos é a exposição Daqui Ninguém Passa, de Bernardo Carvalho, ilustrador consagrado que neste livro, editado pela Planeta Tangerina e prémio de melhor ilustração de livro infantil do ano passado, arriscou (e bem) a recriar os desenhos das crianças para contar a história. E ainda O Tempo do Gigante, prémio melhor ilustração de livro infantil para autor estrangeiro, com texto de Carmen Chica e desenhos de Manuel Marsol. O catalão, com obra vasta e premiada, vai estar no Auditório do Fórum Luís de Camões no dia 5 de novembro, às 16 e 30, para apresentar o novo livro Ahad e a Baleia Branca. Para participar nas oficinas, horas do conto e jogos é ir ao sábado e domingo, durante a manhã, quando estão marcadas as atividades para as famílias.

Anton Kaneemeyer estará na Amadora para apresentar o livro O Meu Nelson Mandela e Outros Contos
5. Apresentações e autógrafos
Duas das iniciativas mais concorridas do AmadoraBD são a apresentação de livros e as sessões de autógrafos com os autores que, na maior parte das vezes, não se limitam a assinar, deixando também um desenho para mais tarde recordar. A agenda é preenchida e inclui, por exemplo, as presenças de Anton Kaneemeyer, que vem apresentar o livro O Meu Nelson Mandela e Outros Contos, seguindo-se uma visita guiada à exposição Papa em África (30 out, dom 17h); dos brasileiros Marcello Quintanilha (5 nov, sáb, 15h30) e José Aguilar, com o seu projeto Infância do Brasil (6 nov, dom 16h30), em jeito de pré-lançamento.
6. Feira do livro
As novidades editoriais, os lançamentos com descontos, os fundos de catálogo que já não se encontram em loja, os livros e revistas originais vendidos em segunda mão ou as publicações estrangeiras que só se encontram na internet fazem da Feira do Livro da Amadora BD uma oportunidade a não perder.
7. O festival pela cidade
A Amadora BD estende-se também a outros locais da cidade, este ano para mostrar duas coleções particulares: de Rico Sequeira, em exposição na Galeria Artur Bual, que apresenta pranchas originais do Tio Patinhas, Flash Gordon, Félix The Cat, Batman ou Superman; e de Glenn Bray, que retrata um dos mais importantes capítulos da história da banda desenhada americana, os Underground Comix dos anos 1960-1970.
A destacar é ainda – e apesar de sair já deste circuito – a exposição de Richard Câmara, na Casa da Cerca, em Almada. Chama-se 10X10, é inspirada na adaptação de Os Lusíadas desenhada por José Ruy e inclui atividades para fazer em família. Para ver até 31 de janeiro.

Na Casa da Cerca, em Almada, estará a exposição 10X10