À terceira edição, o Lisb-on cresce para três dias, tendo sempre a música de dança como ponto de partida para uma experiência diferente de festival. Seja pelo cenário, pelo horário ou pelo cartaz, é uma proposta no mínimo original, aquela que o Lisb-on volta a apresentar ao público lisboeta. Como habitualmente, terá lugar num dos locais mais emblemáticos da capital, o Parque Eduardo VII, com início às duas da tarde e prolongando-se até à meia-noite, numa espécie de piquenique musical “abençoado pela luz de Lisboa” e abrilhantado por diversos projetos nacionais e internacionais de referência, nas mais variadas vertentes da música de dança.
O primeiro dia, sexta-feira, 9, marca o regresso do britânico Matthew Herbert aos palcos nacionais, trazendo a sua música de dança com elementos de jazz e soul. Será o principal chamariz de uma jornada musical que conta ainda, entre outros, com a revisitação disco sound dos americanos Escort ou com a house do produtor alemão Dixon. Já o alinhamento de sábado, 10, é um dos melhores exemplos do espírito eclético deste festival, ao juntar o minimalismo pop dos portugueses Sensible Soccers, a mistura de samba, jazz, funk e soul dos brasileiros Azymuth ou essa verdadeira lenda chamada DJ Harvey, um britânico desde há muito conhecido pelas suas atuações sem preconceitos, onde a house e o techno se misturam ao rock psicadélico ou ao hip-hop com a mesma facilidade com que põe as multidões a dançar.
No domingo, 11, as atenções repartem-se entre duas propostas totalmente opostas. Ao palco chegará o músico, cantor e compositor brasileiro Marcos Valle, autor desse clássico intemporal que é Samba de Verão. No ativo desde os anos 60, colaborou com nomes como Tom Jobim, João Gilberto ou Sérgio Mendes e desde então tem vagueado por territórios tão díspares como samba, funk e rock ou até bandas sonoras para novelas. Perto dele, os britânicos Jungle não passam de uns novatos. No entanto, para eles, um disco bastou para ganharem um lugar na história, como lhes aconteceu com o álbum de estreia homónimo, lançado em 2014, que os transformou em estrelas planetárias, não só das pistas de dança como dos palcos dos maiores festivais.
Entretanto, em paralelo com os concertos, voltam a associar-se ao festival diversos hotéis, lojas, bares, discotecas e restaurantes lisboetas, com atividades e programações específicas para este fim-de-semana, que irão fazer de Lisboa uma cidade com muito mais groove.
Como já aconteceu nas edições anteriores, o festival mostra preocupações solidárias, reforçando a sua ligação à Casa dos Animais de Lisboa, com uma nova campanha que tem como objetivo a angariação de fundos para esta instituição.
Lisb-On > Pq. Eduardo VII, Lisboa > 9-11 set, sex-dom 14h > €25 a €60 (passe)