O regresso desta série é um verdadeiro bálsamo de outono. Já sabemos que as dúvidas da primeira cena serão esclarecidas nos derradeiros minutos do último episódio. Até lá, é bem possível que nos esqueçamos de que um corpo apareceu a boiar no mar Mediterrâneo (não será o único morto), multiplicam-se as situações inusitadas, os diálogos insólitos, e conhecem-se as novas personagens desta segunda temporada.
Depois de uma semana de férias no resort The White Lotus no Havai, a ação muda-se para a Europa, numa propriedade na Sicília, em Itália. Os hóspedes são novos e os membros do staff também. Todas as paisagens de veraneio, além da banda sonora, combinam com o Prosecco de boas-vindas e o Aperol Spritz dos dias seguintes.
Ao hotel perfeito chega a histriónica e rica Tanya McQuoid (Jennifer Coolidge), pronta para umas férias românticas. Tanya traz uma assistente (Haley Lu Richardson), que rapidamente ganha destaque ao ser deixada por sua conta.
De Los Angeles veio a família Di Grasso – pai, filho e neto (F. Murray Abraham, Michael Imperioli e Adam DiMarco), deliciados pelos lugares onde foi filmada a saga O Padrinho; dois amigos, antigos colegas de universidade (Theo James e Will Sharpe), e as respetivas mulheres (Meghann Fahy e Aubrey Plaza), com quartos comunicantes, o que não agrada a todos. Valentina (Sabrina Impacciatore), a gerente, pode não ter o carisma do anterior Armond (Murray Bartlett) – protagonista de algumas das cenas mais hilariantes da primeira temporada –, mas vai marcar a diferença.
A estreia auspiciosa, corroborada com uma dezena de prémios Emmy, incluindo os de Melhor Série Limitada, Antológica e Telefilme, Melhor Realizador e Melhor Argumento (Mike White), Melhor Atriz Secundária (Jennifer Coolidge), faz com que a expectativa esteja muito alta, uma espécie de síndrome do segundo disco.
The White Lotus > HBO Max > Estreia 31 out, seg > 7 episódios