Na flor da idade, Anne Elliot é convencida pela família e amigos a recusar o pedido de casamento de Frederick Wentworth, pelo facto de este não ser suficientemente rico ou influente. Oito anos depois, ainda solteira, volta a reencontrá-lo e percebe que ainda nutre sentimentos por ele. Poderá ter uma segunda oportunidade? A história decorre em Bath, a cidade onde a aristocracia britânica passava longos períodos, durante o século XIX, e onde Jane Austen, já doente, viveu os últimos anos de vida. Persuasão foi publicado postumamente, em 1818, e apresenta a heroína mais madura criada pela autora, interpretada, neste filme, por Dakota Johnson, seguramente mais recatada do que no seu papel em 50 Sombras de Grey.
Os pouco mais de dois minutos do trailer da produção da Netflix já conseguiram deixar os fãs de Austen indignados com alguns “sacrilégios”. Persuasão, considerado um dos melhores e mais sofridos romances da autora britânica, é apresentado numa versão mais risonha, com a opção de se pôr Dakota Johnson a falar diretamente para as câmaras, com apartes irónicos, o que suscitou duras criticas, assim como a adaptação moderninha de algumas frases e cenas do original. Será sempre difícil agradar aos puristas, mas as ousadias tomadas pelos argumentistas não impedirão que o filme, a primeira aventura atrás das câmaras da encenadora britânica Carrie Cracknell, seja apreciado por uma vasta audiência como uma agradável distração.
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