A Natureza não mente. Aliás, até dá sinais de alerta com corvos negros a rondarem, cães a ladrarem, crateras que se abrem no solo. Em pano de fundo está sempre latente uma invasão alienígena da Terra e, entre os humanos, são as intensas frequências que se fazem ouvir, apenas por alguns, que não os deixam indiferentes. Mais de 80 anos depois da emissão de rádio feita por Orson Welles que gerou o pânico entre a população – e 16 anos passados sobre o filme dirigido por Steven Spielberg, com Tom Cruise –, A Guerra dos Mundos (2005), a obra de ficção científica de H.G. Wells volta a ser a base de uma superprodução, orçamentada em 200 milhões de dólares.
Desta vez, em Invasion – série idealizada, escrita e produzida por Simon Kinberg (X-Men, Deadpool, Perdido em Marte) e David Weil (Hunters) – parecem existir menos criaturas disformes e contenção nas cenas de ação espetaculares. Há mais mistério na chegada dos seres de outro mundo, mas a história, apesar de global, torna-se menos abrangente e mais centrada nas pessoas.
Nos dez episódios, acompanhamos a invasão que acontece, em simultâneo, em cinco lugares da Terra, através do olhar de um xerife do Oklahoma prestes a reformar-se, interpretado pelo veterano Sam Neill (Parque Jurássico); um soldado do exército norte-americano estacionado no Afeganistão, papel de Shamier Anderson (Bruised, Goliath); uma técnica aeroespacial japonesa (Shioli Kutsuna) em Tóquio; um jovem estudante britânico (Billy Barratt) vítima de bullying; e uma família síria em Long Island, em que o casal interpretado por Golshifteh Farahani, atriz iraniana do cinema indie a estrear-se em Hollywood, e Firas Nassar (Fauda), vive uma crise conjugal ao mesmo tempo que as explosões geram o caos.
Veja o trailer da série
Invasion > AppleTV+ > Estreou 22 out, sex > dez episódios, três na estreia e um episódio novo a cada sexta-feira