Aparentemente são dois homens comuns, com vidas normais numa pacata vila, mas à medida que os episódios avançam, sente-se uma constante tensão contida nos pensamentos e nos desempenhos de cada um. Eles pouco ou nada se cruzam, pelo menos de início, na ação de Reckoning: Ajuste de Contas, série escrita e criada por David Hubbard, com realização (seis dos dez episódios) do australiano Shawn Seet, mas parece que a qualquer momento os seus caminhos são idênticos. Seguem-se algumas linhas com revelações que podem retirar algum mistério à série.
Mike Serrato (Aden Young), detetive de homicídios é casado e pai de três filhos, a quem foi diagnosticado transtorno obsessivo compulsivo e está obcecado em apanhar o serial killer conhecido como Russian River Killer. A forte propensão para se envolver com as mães debilitadas das vítimas de assassínio põe constantemente em causa a sua ética. Leo Doyle (Sam Trammell) é o conselheiro do liceu e o treinador de luta livre. Com um pai doente, uma mulher carente e um filho adolescente também ele perturbado, Leo é agora um serial killer reformado. Matou oito mulheres ao longo de 14 anos, mas está sem cometer um crime há cinco, numa tentativa desesperada para se manter sóbrio de sangue. Até hoje os impulsos tentam ser mais fortes do que ele. E enquanto um guarda fotografias das vítimas mortas e esquartejadas, o outro tem as imagens delas vivas e sorridentes.
Quando a jovem Gretchen McGrath é encontrada morta, ambos os homens lutam contra os seus próprios demónios escondidos. Um criminoso doentio, jovens assassinadas à beira do rio e suspeitos com vidas comuns não é uma combinação inovadora, mas continua a ser segura.
Reckoning: Ajuste de Contas > Estreia 25 mar, qua 22h50