1. Dançar
É a dançar e a falar com a Lua, na madrugada, que a cantora e compositora angolana diz encontrar a plenitude e “a forma mais profunda” de estar com os seus ancestrais. “Nesses momentos, os movimentos do meu corpo são diferentes. Quando acontece, parece mágico.”
2. Kuduro
Através da música, consegue “transmitir liberdade, boas energias e felicidade às pessoas”. “Canto, danço e amo o kuduro, desde sempre. A batida da música eletrónica instrumental com outras bases tradicionais de Angola dá lugar ao ‘requebrado’ sensual sem regras nem limites…”, afirma, deixando uma sugestão: “Experimentem uma aula. Libertar energias faz bem à alma e ao corpo.”
3. Baixa lisboeta
Ainda que viva em Lisboa, Pongo adora passear pelas ruas da Baixa. “É daqueles sítios em que não é preciso subir a um avião para encontrar uma diversidade cultural e ficar a saber o que anda a acontecer no meio artístico. Há sempre artistas nas ruas e pessoas de todo mundo, sem esquecer a beleza sem igual de cada canto e beco antigos.”
4. Búzios
“Os búzios, ou conchas cypraea, eram a unidade monetária de Angola, antes da chegada dos europeus”, explica, especificando que eram recolhidos por mulheres na ilha de Luanda, uma área restrita onde ninguém podia entrar sem autorização. “Além da ligação à minha terra, têm um grande poder espiritual e são uma das maiores representações do continente africano.”
5. A filha Eriana
O tempo que passa com a filha é o mais valioso. “Sendo artista, e com alguns períodos longos em digressão, é com ela que faço várias descobertas e que evoluo no sentido do melhor caminho. Ser a minha melhor versão para a Eriana é uma das maiores responsabilidades que eu encaro com muita honra e amor”, confessa a artista, hoje com uma carreira de sucesso a solo. Aos 16 anos, foi a voz de Kalemba (Wegue Wegue), música composta pela própria e uma das mais marcantes dos Buraka Som Sistema.
6. Vida às cores
A versatilidade sempre fez parte da vida de Engrácia Domingues, e isso vê-se na roupa que usa e nos penteados coloridos que vai mudando, “dependendo do mood, da vibe e da circunstância”. “Cada experiência tem a sua cor, vejo a vida desta forma. Quantas mais experiências tivermos, mais colorida é a nossa vida.”