1. Retrosaria

A loja e atelier de Rosa Pomar tem nova casa, cresceu em tamanho, mas manteve a essência. Aos tecidos a metro, agulhas, livros, kits e vários fios, em especial as lãs de raças autóctones portuguesas, juntam-se os workshops que esgotam num ápice. Nas prateleiras, destacam-se os novelos da Beiroa, feitos a partir da lã de ovelhas da serra da Estrela, da Brusca, com 50% de lã saloia e 50% de lã merina branca e merina preta, e os novelos da Badana, feitos de lã de churra badana, uma raça ameaçada de extinção que a Retrosaria quer ajudar a manter. Para tal, criaram um emblema (€10), cujas vendas revertem para a Associação Nacional de Ovinos de Raça Churra Badana, assim como um kit de gorro para tricotar (inclui o emblema). R. Maria Andrade, 50 A > T. 21 347 3090 > ter-sáb 10h-19h
2. Maria Food Hub

Para quem vive nos Anjos, o Maria Food Hub não passa despercebido e é já um dos poisos preferidos da vizinhança. Para saborear no interior ou na esplanada, de manhã e ao almoço, há saladas, tostas abertas e bowls; a meio do dia, por volta das 16h, entram os petiscos, como o pica-pau, para acompanhar com um copo de vinho. À noite, a lista ganha ainda mais consistência, com o polvo wasabi com arroz de sushi (€11) ou o atum braseado (€13). Como querem ser ponto de encontro naquele bairro, é nele que se apresentam algumas das suas parcerias: os Cafés Negrita, o pão da Micro Padaria, a pastelaria da Zukar. Já os DJ sets e as provas de vinhos reforçam a vontade de ali ficar – ou voltar. R. Maria Andrade, 38 > T. 21 812 1281 > seg-dom 8h30-23h
3. Caja

Neste restaurante, aberto em julho passado, com dez lugares no interior e mais uns quantos na esplanada, tudo parece estar em comunhão, da comida à bebida, da decoração à simpatia dos proprietários. Na sala, está a chilena Catalina e, na cozinha, o marido Bubacar, nascido na Guiné-Bissau, a dupla que decidiu apostar nas massas frescas italianas a preços acessíveis (também há vinho Prosecco e limoncello). Dos molhos às pastas, tudo é feito ali, como, por exemplo, a lasanha (vegetariana ou de carne, €5,50), os raviólis (€5), gnocchi (€4,50), tagliatelli (€4,50) e cappelleti (€6), que se podem saborear com o molho já definido ou outro à escolha (tomate seco €2,50, trufa €2,35, manteiga e salva €1).R. Andrade, 9-11 > T. 92 650 6956 > seg-sáb 12h-15h30, 19h30-23h30
4. Crew Hassan

Uma das associações culturais mais underground de Lisboa, a Crew Hassan é ponto de encontro multicultural, onde transita todo o tipo de nacionalidades que ali vai para dançar, ouvir música, beber um copo ou petiscar as sugestões da ementa vegetariana e vegana, como a cachupa do Menzo ou os legumes à Brás. Ao bairro dos Anjos, a Crew Hassan (fundada em 2001) chegou em 2015 e, desde então, está de portas abertas com uma programação diária, sobretudo na área da música (live acts, atuações de DJ e concertos ao vivo) e da street art. Para entrar, é necessário ser sócio da associação (€3/mês, €10/ano).R. Andrade, 8A > seg-dom 12h-23h
5. Malabarista Café

O casal Ricardo Rebello e Jadwiga Thun, ele brasileiro, ela polaca, é o responsável pelo Malabarista Café que já tornou um dos pontos de encontro no bairro. Seja na microesplanada seja no interior do café, ali trabalha-se ao computador ou dá-se dois dedos de conversa, enquanto se saboreia uma chávena de café de especialidade, um bagel ou uma fatia de cheesecake. Também ali se vende café em grão ou moído e alguns utensílios, e, em breve, o casal pretende fazer workshops e provas, para quem já sabe preparar esta bebida. R. Maria, 66 B > seg-sex 9h-17h, sáb 9h-15h
6. Zukar

É à porta fechada que se fazem os bolos de influência francesa da pastelaria Zukar. Preparados com técnica e rigor, produtos frescos, essencialmente locais e sazonais, são entregues por encomenda em casa dos clientes ou ali mesmo, na loja. Da ementa, criada por Muriel e Laura, mãe e filha, respetivamente, há duas confeções de prova obrigatória: a Pavlova Tropical (€30), com base de merengue, creme de chantilly, mascarpone, maracujá e manga fresca; e a Onda de Canela (€26), um bolo de brioche denso e húmido, laminado com creme de canela, ideal para acompanhar com um chá bem quente. Os apreciadores de chocolate também encontram ali gulodices, como as tartelettes de chocolate, caramelo salgado e amendoim torrado (€28/5 unidades). R. Heliodoro Salgado, 20 > Levantamento ter-sáb 11h-16h, entregas ter-sáb 15h-18h, mínimo por encomenda em Lisboa €25; outros concelhos €40
7. Je RROSA

Nesta loja, saltam à vista os tecidos africanos em tons vibrantes, como o azulão, o verde e o amarelo. “Seguimos as tendências de moda europeia, mas com os tecidos africanos”, explica Vanessa Costa das Neves, a funcionária da Je RROSA, aberta em setembro passado. Nas prateleiras ou em cabides, não falta o que escolher: saias, vestidos, quimonos, blazers e conjuntos desportivos, entre outras peças de mulher, homem e criança, feitas em diferentes tipos de algodão, cujos desenhos resultam de distintos processos de tingimento. A cada estação, há sempre novos padrões produzidos na Nigéria, país de onde é oriundo o proprietário, Jerry Osa Peters. R. do Forno de Tijolo, 21B > seg-sáb 10h-19h
8. Casa Tigre

É Luís Raimundo, músico conhecido como Ray, quem nos recebe, mas também nos podíamos ter cruzado com Afonso Rodrigues, vocalista da banda Sean Riley & The Slowriders, ou Paulo Furtado (The Legendary Tigerman), os três amigos e sócios da Casa Tigre. Mais do que uma loja, explica Luís, este é um ponto de encontro de pessoas e projetos de artistas contemporâneos, com os quais se identificam. Pode sair-se daqui com um casaco de cabedal pintado à mão por Wasted Rita ou por Fiumani, uma t-shirt da série Funérailles & Divorces, do fotógrafo parisiense Maxime Chanet, ou com as botas LoboTigre, uma edição especial feita em parceria com a marca portuguesa Lobo Apparel. Na Casa Tigre, também há um estúdio de tatuagem, com curadoria do tatuador Manuel Ribau, e pode-se beber uma cerveja artesanal feita em colaboração com a Musa. R. Maria, 49 E > ter-sáb 11h-18h
9. Retrogusto84

A fila à porta da Retrogusto84 não deve ser motivo para voltar para trás. Afinal, há que confirmar a fama das pizzas sicilianas ali servidas e que já ultrapassou os limites do bairro. Na ementa, são mais de três dezenas, preparadas por Bruno Cardinale, um dos responsáveis, e a sua equipa, e feitas com massa maturada entre 36 e 48 horas, “para ficar mais leve, aromática e digerível”. Também utilizam produtos italianos, à exceção dos frescos que são nacionais. As pizzas com pesto de pistácio da Sicília são um dos destaques, entre as quais está a Vadia, que leva mozzarella, pancetta, tomate-cereja e burrata, ou a Veganella, uma sugestão vegetariana com tomate seco, tomate-cereja, espargos, beringela e noz. Termine-se a refeição com um canollo de ricotta e um shot de limoncello. R. Maria, 54 > T. 21 813 9532 > ter-dom 18h30-23h30
10. A Mata

A amizade, o gosto pelas plantas e a experiência nas áreas de produção musical e restauração juntaram Diogo Lopes, Martino Gallo, Francisco Martins, Francisco Sá e António Abreu neste projeto. A Mata abriu no final de setembro passado e é, primeiro que tudo, uma loja de plantas. “Depois, é café e bar de bairro, um espaço de convívio onde se ouve música e se petisca”, diz Diogo. As plantas, de várias espécies e tamanhos, de interior e de exterior, têm ali uma zona específica, mas também decoram o open spaceinformal, onde não faltam um bar, um gira-discos e vários lugares, em que pode sentar–se e ouvir música, enquanto bebe um dos cocktails da carta ou prova a sanduíche de cachaço.R. Maria Andrade, 8 A > seg 17h-24h, ter-sáb 11h-24h, dom 15h-24h
11. O Primo do Queijo

Para servir uma boa sanduíche de presunto e queijo, Francisco Bernardo e Bruno Ribeiro, sócios da tasca O Primo do Queijo, andaram meses a fazer provas, até que chegaram a uma receita que junta o presunto da Beira Baixa, o queijo da serra da Estrela e um pão de fermentação lenta. Também a sanduíche de paio do cachaço (€3,50) e a de chouriço de touro bravo (€3), servido no pão ou em petisco, com tostas ou broa de milho, merecem uma referência – e, claro, a prova. Enquanto o novo espumante Primo Abastado não chega a este tasco, que tem como missão servir produtos nacionais de pequenos produtores, faça-se um brinde com o Primo Afastado, produzido na região dos vinhos verdes. Para levar para casa, há vinhos do Douro ao Alentejo, conservas, chás, azeite, sal, queijos, enchidos e compotas. R. do Forno do Tijolo, 42A > T. 21 016 1888 > seg-dom 16h-24h